“Paralisação” dos presos da Máxima chega ao fim após uma semana
A greve dos detentos do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande chegou ao fim na tarde desta terça-feira (18) depois de uma semana. Desde o dia 10 de fevereiro, os detentos paralisaram atividades em protesto por melhorias nas áreas da alimentação, assessoria jurídica, saúde e outras.
Por causa da movimentação “grevista”, as unidades da Máxima ficaram abarrotadas de lixo nos últimos dias. O fato gerou complicação até nas visitas do fim de semana, quando parentes de presos foram impedidos pela direção de entrarem no local com qualquer tipo de pertence para evitar o acúmulo de sujeira.
Conforme a assessoria de imprensa da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), “a limpeza da unidade penal já está sendo efetuada pelos internos”. No entanto, a agência não informa o motivo que fez os presos voltaram às atividades.
“A Agepen tomou ciência de tudo o que está sendo colocado, está verificando quais informações procedem e não procedem e adotando as medidas necessárias para equacionar todas as questões apresentadas”, completa a nota à imprensa sobre as reivindicações dos detentos.
Em entrevista anterior ao Campo Grande News, o titular da Sejusp/MS (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), Wantuir Jacini, informou que medidas estão sendo tomadas para conter a ação dos presos. Algumas inclusive que serão implantadas ainda hoje.
Já a Agepen informa que mais informações a respeito do fim do movimento grevista não serao repassadas “por questões segurança”.
Interior – Informações apuradas pelo Campo Grande News apontam que o movimento grevista dos presos continua em algumas cidades do interior do Estado. Em Dois Irmãos do Buriti, a 83 quilômetros da Capital, os internos continuam paralisados.
“Eles estão nesse movimento desde segunda-feira passada. Eles não têm uma pauta de reivindicações, apenas pararam todas as atividades com exceção da alimentação e do banho do sol. Trabalhos de limpeza e de sala de aula, por exemplo, não estão sendo feitos”, disse o diretor da penitenciária local, Claudiomar Suszek.
Na Penitenciária Harry Amorim Costa, em Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, os internos também continuam com os protestos. “Eles estão parados e não querem fazer nada”, disse uma agente penitenciária.