"Playboy" da festa em mansão coleciona problemas com a lei
Além de aparentar vida boa, de burguês, com viagens internacionais e frequentar festas e casas noturnas badaladas de Campo Grande, o “playboy” que protagonizou o fim da festa em um casarão no bairro nobre da capital coleciona várias passagens pela polícia. A maioria por violência. Na Justiça, Marcel Costa Hernandes Colombo, de 29 anos, tem pelo menos dois processos, um de busca e apreensão e alienação fiduciária e outro por quebra de contrato.
Além de tudo, o “playboy” chamou a atenção pelo cinismo ao ser levado pela PM (Polícia Militar) para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro na madrugada da última quinta-feira (21). Demonstrando estar embriagado, desacatou policiais e zombou de jornalistas que cobriam a ocorrência. “Tô aqui ó, vou ser solto daqui a pouco, as contas estão em dia; dinheiro no bolso, em dólar ainda ó, e você tá ai trabalhando quinta-feira”, disse Marcel à equipe do SBT MS que fazia a reportagem.
Passado o efeito etílico, ele ainda manteve o cinismo. Postou em seu Facebook: “gostaria muito de agradecer ao SBT/MS pela popularidade concedida a minha pessoa. Vocês são fantásticos”. Nas redes sociais, o rapaz de porte físico avantajado e cheio de tatuagens, mostra ostentação em carros de luxo e viagens por vários países. No perfil, diz que mora em Miami, mas é de Campo Grande.
Longe das baladas e das redes sociais, a história parece bem diferente. No site do TJ/MS (Tribunal de Justiça do Estado), em março deste ano a Bradesco Administradora de Consórcios entrou com um pedido de busca e apreensão, em processo no valor de R$ 14.881,31. Há ainda uma ação de maio de 2014, em que o autor da ação cobra na Justiça R$ 52.831,17 por quebra de contrato firmado em 2012. Marcel Colombo adquiriu o ponto na rua Euclides da Cunha e não pagou pelo que foi acertado.
Consta que ele é sócio de uma empresa denominada Hernandes Colombo Administradora de Bens Próprios Ltda, junto com o pai, Joel Hernandes Colombo. A empresa tem como endereço Rua Espírito Santo, 911. Mas ninguém atendeu o telefone que consta na lista. Amigos da família dizem que o pai de Marcel era dono de duas lojas de marcas famosas de roupa, mas elas foram fechadas.
Marcelo Colombo é dono de uma loja de roupas importadas, trazidas de Miami, Estados Unidos. Amigos dizem que ele passa mais tempo nos EUA do que em Campo Grande. Mas quando está na capital de Mato Grosso do Sul, costuma ir às casas noturnas. E com certa frequência, acaba se envolvendo em confusão.
Em março de 2010, o “playboy” foi parar na delegacia, acusado de violência doméstica. Em setembro de 2011, voltou a ser levado para a Polícia Civil, por ter ameaçado uma pessoa. Um ano depois, nova denúncia de ameaça o levou a assinar outro boletim de ocorrência. Em julho de 2014, brigou e agrediu um homem numa casa noturna sertaneja localizada na Avenida Afonso Pena.
Em janeiro deste ano, em um evento na casa noturna localizada na saída para Rochedinho, ele e dois amigos foram acusados de agredir e ameaçar algumas pessoas que estavam no evento. Em fevereiro, a Deops (Delegacia Especialização de Ordem Política e Social), recebeu do Ministério Público Estadual, o pedido de abertura de inquérito para apurar denúncia de que Marcel Colombo está realizando eventos sem alvará.
E no último feriado (quinta-feira, 21), foi levado para a Depac Centro pela PM, em atendimento a uma ocorrência de perturbação da tranquilidade, resistência e desacato. A PM foi acionada por moradores, por causa do barulho e bagunça em festa realizada em uma mansão no bairro Carandá Bosque. Como o crime é classificado como de “baixo potencial ofensivo”, ele e os outros colegas foram ouvidos e liberados, e vão responder a um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência), que não resulta em prisão. O Campo Grande News tentou contato com Marcel Hernandes Colombo, mas o celular dele só deu desligado.