“Tempos são outros”, resume Marquinhos sobre saída de táxis do aeroporto
De acordo com o prefeito, foi destinada uma vaga a eles pela Infraero, "por generosidade"
“Eles estão colhendo o que plantaram”, afirmou na manhã deste domingo o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), ao comentar a saída dos taxistas do ponto dentro do Aeroporto Internacional Antônio João, a partir deste domingo, depois de mais de 50 anos. Agora, eles só tem uma vaga, rotativa, dentro do terminal, e o serviço oficial de transporte é de uma empresa que ganhou licitação feita pela Infraero.
Ao falar do assunto, Marquinhos, que chegou a se reunir com os profissionais para definir onde ficariam, disse que eles perderam a chance de participar de licitação da Infraero e por isso ficaram sem o ponto. Ali, trabalhavam 44 profissionais. Os táxis tinham ponto no aeroporto há mais de 50 anos.
O ponto deles, agora, é na Duque de Caxias, segundo ficou definido junto à Prefeitura, depois de prazo dado pela Infraero, empresa administradora do terminal, para a saída dos motoristas de dentro do terminal. Ao comentar o assunto, Marquinhos disse, durante agenda no Centro de Convivência de Idosos Vovó Ziza, que a vaga reservada perto do desembarque foi uma “generosidade”.
De acordo com ele, esse era o único ponto de táxi em Campo Grande sobre o qual a prefeitura não tem ingerência. Ali, explicou o chefe do Executivo, os taxistas trabalhavam graças a um contrato que tinha com a Infraero.
Segundo o prefeito, eles pagavam um valor mensal para explorar o transporte ali, mas esse pagamento estava em atraso. A Infraero, quando venceu o contrato, decidiu licitar o serviço e os taxistas não participaram do processo.
Uma empresa de São Paulo, a Rodar Serviço de Táxi e Transporte Individual, instalou-se aqui e ganhou a concessão. Vai pagar R$ 418 mil no período de cinco anos, segundo o contrato, para poder explorar o serviço
A empresa funciona nos moldes dos aplicativos de transporte, com 120 motoristas cadastrados. A diferença em relação aos táxis é que ela tem balcão no desembarque, os veículos são particulares, sem adesivagem, e o pagamento é feito antecipadamente, como funciona nos aeroportos das grandes cidades. Nesta manhã, quem pegou o serviço afirmou ao Campo Grande News que os preços são parecidos aos dos aplicativos, menores que os táxis, portanto.