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Capital

A 2 dias do jogo do Brasil na Copa, venda de fogos segue “tímida”

No entanto, comércio em Campo Grande prevê maior aumento de clientes para o Ano Novo

Guilherme Correia e Bruna Marques | 22/11/2022 14:41
Fogos de artifício com as cores da bandeira do Brasil. (Foto: Paulo Francis)
Fogos de artifício com as cores da bandeira do Brasil. (Foto: Paulo Francis)

A dois dias da estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2022, no Catar, a venda de fogos de artifício a torcedores em Campo Grande segue tímida. A reportagem verificou que alguns lugares já têm aumento de clientes, mas a previsão é que a comercialização para o fim de ano seja mais expressiva.

Sócio-proprietária da Brasfogos, na Rua Sete de Setembro, Irene Coutinho de Lima, de 55 anos, explica que o estabelecimento teve início em 1983, pelo pai, e que período de Copa do Mundo costuma movimentar muito o setor. No entanto, neste ano, o movimento está baixo.

“Nos dois primeiros jogos, o pessoal ainda não procurou muito fogos para os jogos do Brasil. Depois do terceiro jogo que se animam mais. As pessoas ainda estão esperando para saber como o Brasil vai se sair no primeiro jogo. Esse ano, acho que vai depender disso. Vamos torcer pro Brasil ir longe, que é melhor para a gente”.

Ela ressalta que como os jogos são exibidos durante o dia, no fuso horário local, os mais procurados são o “cometa de apito” e bombinhas pequenas, além de rojões de barulho. Se os jogos fossem à noite, diz, os fogos coloridos seriam os mais comuns. Ela destaca também os sinalizadores e fumaças coloridas. “Eles saem bastante para a Copa, que são os que as pessoas geralmente soltam nos jogos”.

“Está tendo procura para a Copa, mas as pessoas estão visando mais o final do ano. Que é uma festa com famílias. A nossa expectativa é vender muito, mas percebo que as pessoas estão com pouco de receio em relação à Copa. Já tenho vendido mais para o ano novo”.

Lima afirma que há quase 100 tipos de produtos em sua loja, incluindo os de “baixo ruído”. “Esses estão saindo mais agora, com raios coloridos, por exemplo”.

Proprietária de loja de fogos de artifício relata baixo movimento antes do jogo do Brasil. (Foto: Paulo Francis)
Proprietária de loja de fogos de artifício relata baixo movimento antes do jogo do Brasil. (Foto: Paulo Francis)

Ano Novo - Ela afirma que muitos clientes já procuram encomendas e que recebe mensagens diariamente de pessoas pedindo orçamentos e perguntando quais as novidades. “As pessoas estão procurando saber o que tem de novidade. Se já tem coisas chegando, se já podem fazer encomenda. Tem pessoas que gostam de se adiantar e não deixam para a última hora”.

“Está tendo procura para a Copa, mas as pessoas estão visando mais o final do ano. Que é uma festa com famílias”.

Ela comenta que alguns produtos voltaram neste ano e que, até o Ano Novo, novos deverão estar nas prateleiras já na semana que vem. “Várias coisas não tinha ano passado, mas esse ano já está voltando. Tivemos falta de fogos coloridos por falta de matéria-prima. A candela, lança bola, ficamos meses sem. Tínhamos um vulcão importado que subia três metros que no ano passado não veio, mas que esse ano está voltando”.

Irene exibe diversas opções de produtos. (Foto: Paulo Francis)
Irene exibe diversas opções de produtos. (Foto: Paulo Francis)

Legislação - Ainda que a fiscalização seja alvo de críticas, a Lei Municipal 406, de abril de 2021, proíbe a queima de fogos com ruído na área urbana da cidade. A multa vai até R$ 1 mil para quem descumprir o ordenamento.

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