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Capital

Academia de ginástica reajusta preço e causa revolta entre alunos

Aumento foi decorrente da crise pós pandemia do novo coronavírus; Procon diz que é falta de bom senso e irá averiguar cartel

Silvia Frias | 21/04/2020 14:08
Anúncio feito no Instagram causou revola entre alunos (Foto/Reprodução)
Anúncio feito no Instagram causou revola entre alunos (Foto/Reprodução)

Alunos de academia de ginástica no bairro Pioneiros denunciaram o aumento das mensalidades depois que os estabelecimentos foram autorizados a retomar as atividades. Os valores passaram de R$ 60 e R$ 65 para R$ 70 e R$ 80, o que teria sido feito de forma linear na região.

O anúncio foi feito pelo Instagram e causou revolta entre os alunos. Um deles, que não quis se identificar, enviou o print para o Campo Grande News, considerado a medida abusiva. “Eles querem que a gente pague o prejuízo deles, tinham que ter fundo de caixa, não enfiar a faca na gente”, disse.

Segundo o aluno, as academias da região do Pioneiros alinharam o preço mínimo a R$ 70.

A postagem causou revolta, vários questionamentos e outra aluna comentou que os comentários foram bloqueados na postagem. No bate-boca o dono de outra academia disse que o aumento foi feito em acordo com a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e Procon.

Reunião com CDL e Procon foi desmentida pelas entidades (Foto/Reprodução)
Reunião com CDL e Procon foi desmentida pelas entidades (Foto/Reprodução)

A aluna frequenta a academia na Avenida Guaicurus há anos e questionou a proprietária. A mensalidade dela passou de R$ 60 para R$ 70. A resposta foi que ele poderia repor as aulas pendentes por conta do período de fechamento mas, depois, teria que pagar o novo valor.

A reportagem entrou em contato com assessoria da CDL que desmentiu qualquer reunião que permitisse reajuste de mensalidades de academias, até porque a entidade não regula preço de mercado.

O superintendente do Procon/MS, Marcelo Salomão, também desmentiu a informação e ainda acrescentou que irá fiscalizar as academias da região para averiguar a denúncia de formação de cartel, por conta do alinhamento de preços.

Segundo Salomão, não há ilegalidade em aumentar os preços, mas considera que não é uma ação de bom senso em momento de crise geral. “Nesse caso, o aluno não deve ir, procure outro lugar, não pague a mais”.

A reportagem tentou falar com os responsáveis pelas academias, mas os telefones que aparecem nas redes sociais não completam chamada.

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