Acesso do Hospital São Julião é interditado após avanço de erosão
O local recebeu reparos para evitar o problema em 2008; Hospital já temia uma nova cratera há pelo menos 1 ano
A Rua Lino Villachá, via utilizada como acesso principal ao Hospital São Julião, foi interditada após avanço significativo da erosão que assolava a entrada da unidade hospitalar. O problema foi anunciado há 12 dias pelo Campo Grande News e já vinha sendo evidenciado pela instituição há pelo menos um ano.
Apesar de a chuva na região ter sido moderada nesta terça-feira (9), o estrago ressaltou a fragilidade do lugar. O vídeo encaminhado à reportagem mostra o alambrado, próximo à calçada, totalmente destruído.
Em 2008, a abertura no solo provocada pelas chuvas foi causada pela ação pluvial registrada à época e a “cratera” formada chegou a apresentar 10 metros de profundidade e 300 metros de largura. O sistema de captação da água das chuvas da região era insuficiente, o que auxiliou na destruição, e o problema só foi resolvido dois anos depois.
Atualmente, quando chove, há acúmulo grande de terra. Os próprios funcionários de manutenção do hospital tiram os sedimentos, que atrapalham a passagem de carros e até provocam quedas de motociclistas. Eles também alegam que o local transborda tanto, que a água continua descendo e até derrubou um muro que separa o terreno do hospital com uma área da prefeitura.
Segundo representantes do hospital, a solução foi feita de forma paliativa, por meio do reservatório de contenção, popularmente conhecido como “piscinão”.
O bairro foi crescendo e, passadas as chuvas, a captação de água voltou a ser insuficiente. A terra e outros resíduos como entulhos entopem o sistema hídrico. Tudo isso entra no terreno do hospital, mas a força da água é tão forte que alaga tudo e cai numa represa, na nascente do Córrego Coqueiro.
O presidente do Hospital, Carlos Augusto Melke, demostrou preocupação com a erosão no local e previu que uma nova cratera seria formada em entrevista ao Campo Grande News no dia 28 de abril.
Há um ano, mais ou menos, venho demandando que eles tomem uma providência, provavelmente o problema vai ocorrer novamente. A tendência é o próprio asfalto ceder com a água que está infiltrando por baixo, e aí você vai criar um desastre ambiental”, declarou.
A reserva, segundo ele, é preservada pela instituição há 80 anos. “Aconteceu ali o primeiro desastre, provavelmente vai ocorrer o segundo, então estamos chamando atenção das autoridades para o problema”.
Ele explicou que a área de preservação ambiental que recebe água e resíduos, devido a esse problema, possui várias minas de água que formam o complexo do Córrego Botas.