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Capital

Acusadas de matar manicure e jogar corpo em cachoeira vão a júri popular

Morte ocorreu em janeiro de 2016; dupla confessou o crime e está presa

Luana Rodrigues | 31/08/2016 07:19
Gabriela Santos Antunes, que confessou o crime, está presa. (Foto: Pedro Peralta)
Gabriela Santos Antunes, que confessou o crime, está presa. (Foto: Pedro Peralta)
Detalhe de Emilly na sala do delegado, durante depoimento. (Foto: Fernando Antunes)
Detalhe de Emilly na sala do delegado, durante depoimento. (Foto: Fernando Antunes)

Em uma história envolvendo traição e ciúme, Jennifer Nayara Guilhermete de Moares, 22 anos, foi morta a tiros, em janeiro deste ano. Gabriela Santos Antunes, de 20 anos, e Emilly Karoliny Leite, de 21 anos, confessaram o crime quando foram presas, cerca de um mês após a morte da manicure e agora vão a júri popular. A decisão é do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, e foi publicada no Diário Oficial da Justiça de Mato Grosso do Sul desta terça-feira (30), mas ainda não há data para o julgamento.

Gabriela e Emilly respondem por homicídio qualificado pelo motivo torpe e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima. Jennifer foi encontrada morta no dia 16 de janeiro, na cachoeira do Céuzinho, região do Inferninho, a 800 metros da MS-080, saída para Rochedo. Ela foi morta a tiros e seu corpo jogado de uma altura de 25 metros. A vítima foi resgatada após 4 horas de trabalho dos bombeiros.

Crime cruel - Conforme a polícia, Gabriela teria sido motivada por ciúmes e inveja a cometer o crime, supostamente citando boatos de que Jeniffer havia reatado um romance com Alisson Patrick Vieira, companheiro de Gabriela.

Emilly Karoliny Leite, 19 anos, apontada como comparsa de Gabriela disse que apenas ficou próxima ao carro e que a adolescente foi junto com a suspeita e a vítima para perto da cachoeira. Detalhes, no entanto, só serão ditos em juízo, segundo a garota.

“Achei que iriam apenas conversar. Vi a Gabriela pegando algo debaixo do carro, mas tive medo de falar algo e morrer também, porque ela é muito ignorante. A relação dela com Alisson era de muito ciúmes. Ela falava e água parava, ele não tomava frente de nada”, contou Emilly, na época.

Só susto - Gabriela foi a primeira a ser ouvida pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos. Ela afirmou que nunca quis matar Jeniffer, mas no momento perdeu a cabeça por algumas coisas que a vítima falou.

“Só queria assustar e que ela me pedisse desculpas. Dei dois tiros para assustar e mesmo assim ela disse 'dei e dei gostoso, corna mãe e corna filha', aí fiquei transtornada. No terceiro tiro acertei, mas sem querer”, disse. A frase dita por Jeniffer se referia a um caso que ela também teve com o padrasto de Gabriela, além do envolvimento com Alisson.

 Ainda conforme o depoimento de Gabriela, esse era o segundo caso de traição do marido, que hoje está preso por homicídio cometido há um ano. “Eu e a Emily já raspamos a cabeça de outra menina que ficou com o Alisson. Perdoei ele. Eu amava muito ele, foi meu primeiro homem. Conheci quando tinha 14 anos e casei, mas agora acabei com a minha vida”, lamenta emocionada.

 Gabriela e Jeniffer eram amigas de infância até o desentendimento por conta do caso com Alisson. Em seguida, Emily prestou depoimento. Ela acompanhou Gabriela durante toda ação, mas reafirma que a amiga não tinha a intenção de matar a vítima. “O tiro foi para assustar, mas depois que a Jeniffer disse aquilo, eu não reconheci minha amiga. Foi um momento de fúria”, disse.

 Gabriela e Emily estão presas no presídio feminino “Irmã Irma Zorzi”, em Campo Grande.

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