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Capital

Cinco meses após morte de manicure, filho de 2 anos ainda procura a mãe

Mãe da vítima espera que justiça seja feita e caso vá para juri popular

Leandro Abreu | 14/06/2016 17:42
Lucimar ainda chora sempre que lembra e fala da filha Jennifer, morta há cinco meses. (Foto: Alcides Neto)
Lucimar ainda chora sempre que lembra e fala da filha Jennifer, morta há cinco meses. (Foto: Alcides Neto)
Jennifer foi assassinada com um tiro na cabeça, no Céuzinho. (Foto: Reprodução/Facebook)
Jennifer foi assassinada com um tiro na cabeça, no Céuzinho. (Foto: Reprodução/Facebook)

Cinco meses após a morte da manicure Jennifer Nayara Guilhermete de Moares, 22, o filho Nicolas, de 2 anos, ainda procura e sente a falta da mãe. Lucimar Vieira Guilhermete, 40, mãe de Jennifer, conversou com o Campo Grande News nesta terça-feira (14) e lembrou da convivência com a filha e de como o assassinato transformou a vida de toda a família nesses últimos meses.

“Ele tem dois anos e estava mamando até pouco tempo antes de matarem ela. Ele ainda vai até o quarto e procura ela. Sai chorando procurando pela 'mamãe'. Hoje ele está um pouco mais calmo e morando com o pai no Otávio Pécora, mas sempre lembra. Ele só dormia junto dela, então no começo foi bem difícil”, disse Lucimar.

Jennifer morava no Otávio Pécora com o atual marido e o filho, que sempre deixava com a mãe para ir trabalhar. A convivência era diária e com isso o vazio deixado após o crime parece ser ainda mais marcante.

“Mudou tudo na nossa vida. Ela era uma menina brincalhona, alegre. A casa parecia que vivia cheia com ela. Agora acabou tudo, as datas comemorativas não são mais as mesmas. Esse que passou foi o primeiro dia das mães sem ela. Foi muito difícil”, lembra a mãe que tem mais uma filha de 20 anos.

Com o fim das audiências do caso, Lucimar espera que o caso seja levado a juri popular. “Estou acompanhando o processo e até queria participar dessa última audiência, mas não me chamaram. Queria ir porque elas mentiram várias vezes no depoimento. Contaram coisas que não aconteceram para tentar justificar o crime. Conforme o juiz falou para gente, até o dia 2 de julho devemos ter a resposta se será por juri popular ou ele mesmo dará a sentença. Espero que seja juri popular e que elas paguem pelo que fizeram”, afirmou.

Nada vai trazer Jennifer de volta, conforme Lucimar, mas ela acredita que se não houver punição, as suspeitas voltarão a cometer novos crimes. “Elas tinham agredido outras meninas antes da Jennifer também por briga de ciúmes. Se elas forem soltas, vão fazer de novo. Tem que ter punição”, completou ressaltando que não acredita no arrependimento delas.

Na véspera do dia em que a filha foi assassinada, Lucimar diz que até pensa em mudar de cidade para tentar se afastar da lembrança ruim do que fizeram com Jennifer. “Não são só nesses dias. A gente lembra dela toda hora, todo dia. Eu e minha mãe estamos até conversando em vender a casa aqui no Vida Nova III e mudar. As vezes até para outra cidade”, comenta sobre os planos.

Caso - O corpo da manicure Jennifer foi encontrado no dia 16 de janeiro, na cachoeira do Céuzinho na MS-040. Ela havia sido morta a tiros um dia antes e seu corpo jogado de uma altura de 25 metros.

De acordo com as investigações, Gabriela Antunes Santos, 20, e mais duas amigas, Emilly Karolainy Leite, de 19 anos e uma adolescente de 16 anos, teriam levado a manicure até o local e cometeram o crime, que seria motivado por ciúmes. Há quatro anos, Jennifer teria namorado Alisson, atual marido de Gabriela.

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