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Capital

Marido de suspeita não participou da morte de manicure, diz polícia

Alisson Patrick Vieira da Rocha, 22, está preso pela morte de uma travesti

Viviane Oliveira | 15/03/2016 11:13
Alisson, durante coletiva de imprensa, afirmou que não sabia que a esposa ia matar a manicure, mas confessou crime contra travesti. (Foto: Simão Nogueira)
Alisson, durante coletiva de imprensa, afirmou que não sabia que a esposa ia matar a manicure, mas confessou crime contra travesti. (Foto: Simão Nogueira)

Pivô do assassinato a tiros de Jennifer Nayara Guilhermete, 22, em janeiro, Alisson Patrick Vieira da Rocha, 22, marido de Gabriela Antunes Santos, 20, suspeita de efetuar os disparos, não tem participação no crime da manicure, segundo a Polícia Civil. O rapaz está preso deste sexta-feira (11), porque em março do ano passado matou uma travesti para defender Gabriela.

“Ficou comprovado que Alisson não teve participação na morte de Jennifer”, afirmou o delegado responsável pela investigação, Alexandre Evangelista, durante coletiva realizada na manhã de hoje (15), na DGPC (Delegacia Geral de Polícia Civil).

Alisson foi preso na última sexta-feira (11), na casa dos pais, porque contra ele havia mandado de prisão preventiva pela morte de Thiago da Silva Martins, 22 anos, travesti conhecida como Adriana Penosa. Segundo o delegado, no dia do crime, Alisson encontrou Gabriela fumando maconha junto com Thiago na casa do casal, na Rua Tesourinho, no Bairro Morava Verde.

Revoltado com a situação, Alisson começou a discutir com a travesti, que o agrediu e passou a atirar pedras na casa e no carro do rapaz. Alisson, então, pegou o carro dele, foi até o lava-jato onde trabalhava, pegou um revólver 38 e voltou ao local junto com um adolescente na garupa.

A Polícia Militar foi acionada por Gabriela, mas quando chegou o crime já havia acontecido. Na época, o adolescente se apresentou dias depois junto com um advogado dizendo que havia matado a travesti. Porém, durante investigação foi comprovado que Alisson havia cometido o crime. “Ele falou que matou para defender Gabriela, pois depois da discussão, o travesti passou a agredir a esposa também”, diz o delegado.

Delegado e a advogada de Alisson, Rosana D' Elia. (Foto: Simão Nogueira)
Delegado e a advogada de Alisson, Rosana D' Elia. (Foto: Simão Nogueira)

A travesti foi morta com três tiros, sendo um no peito, na barriga e na mão. Alisson foi indiciado por porte ilegal de arma de fogo, corrupção de menor, e homicídio qualificado que dificultou a defesa da vítima.

Arma do crime - Ainda não se sabe se a arma utilizada para matar Jennifer era de Alisson, pois o revólver foi jogado após o crime na região da Cachoeira do Céuzinho e até hoje não foi localizada. O revólver usado para matar o travesti também não foi encontrado. "Depois que prendemos Alisson, fizemos buscas na casa da família dele, mas localizamos apenas uma porção de cocaína no quarto dele", diz o delegado.

Gabriela afirmou em depoimento que a arma pertencia ao marido, mas Alisson nega dizendo que o revólver era de Gabriela, comprado com o dinheiro de uma indenização que ela recebeu. “Mesmo que o revólver fosse dele, Gabriela articulou sozinha e executou o crime com a ajuda das duas meninas”, afirma o delegado.

Caso manicure - O corpo da manicure Jennifer foi encontrado no dia 16 de janeiro, na cachoeira do Céuzinho na MS-040. Ela foi morta a tiros e seu corpo jogado de uma altura de 25 metros. De acordo com as investigações, Gabriela e mais duas amigas, Emilly Karolainy Leite, de 19 anos e uma adolescente de 16 anos, teriam levado a manicure até o local e cometeram o crime, que seria motivado por ciúmes. Há quatro anos, Jennifer teria namorado Alisson, atual marido de Gabriela.

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