Aena assume Aeroporto de Campo Grande com planos de modernização até 2026
Empresa espanhola pretende tornar o terminal mais seguro, sustentável e confortável para os passageiros
A empresa espanhola Aena assumiu a administração do Aeroporto Internacional de Campo Grande nesta sexta-feira (13), marcando o início de um novo capítulo na gestão do principal hub aéreo de Mato Grosso do Sul. O terminal da Capital é o segundo da nova rodada de concessões, que inclui 11 aeroportos arrematados pela empresa no leilão do Governo Federal.
Com um histórico de 1,3 milhão de passageiros em 2022 e com fluxo de 994 mil viajantes até agosto deste ano, o novo operador pretende elevar a qualidade dos serviços oferecidos, com melhorias substanciais nas instalações. Até dezembro, a empresa entregará o anteprojeto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) com detalhes sobre a expansão e modernização do terminal. As obras devem ter início no segundo semestre de 2024, com previsão de conclusão em 2026.
"Estamos na fase de anteprojeto, trabalhando com engenharia dos anteprojetos e os projetos serão entregues até dezembro. Estão sendo estudadas a habilidade e técnica econômica e ambiental", frisou o presidente da Aena, Santiago Yus.
Em longo prazo, de acordo com o presidente, estão previstas remodelagem do terminal, com melhorias em todos os sistemas de acesso, estacionamento, área de embarque e pontes de embarque. Na área operacional, a empresa planeja revitalizar o pavimento e melhorar o estacionamento das aeronaves, proporcionando maior segurança à pista de decolagem e ao táxi aéreo. Também está prevista a instalação de "fingers" para facilitar o embarque e desembarque de passageiros, eliminando a necessidade de caminhar pela pista.
Além das melhorias físicas, a Aena pretende aprimorar a experiência do terminal do ponto de vista comercial, adotando tecnologias para tornar os processos mais eficientes e intuitivos. No curto prazo, a empresa vai investir em uma nova conexão Wi-Fi, iluminação aprimorada, ar-condicionado em todas as áreas do terminal e melhorias nos banheiros e áreas comuns.
Em relação ao aumento do fluxo de voos, a Aena ainda não tem planos concretos para oferecer novos destinos. Santiago Yus enfatizou que a colaboração com a gestão pública e empresas privadas é essencial para identificar oportunidades de expansão. "A gente não trabalha sozinho, precisamos trabalhar com a gestão pública e empresas privadas para conhecer os destinos e saber as potencialidades. Deixamos nossa expertise com políticas de incentivo para trazer atrativos nos aeroportos", disse.
Apesar dos desafios iniciais, o presidente da Aena lamentou a situação em que encontrou o Aeroporto de Campo Grande, com uma reforma inacabada. No entanto, ele assegurou que todas as questões serão corrigidas sem a necessidade de fechar o aeroporto.
"O Aeroporto de Campo Grande estamos recebendo com uma obra inacabada com dificuldades que estamos contornando e que em breve vamos assumir toda a operação e terminar as instalações que faltam finalização", garantiu o presidente da empresa.
Os aeroportos de Corumbá e Ponta Porã, que serão administrados pela Aena a partir do mês de novembro, passarão por procedimentos semelhantes de modernização, respeitadas suas circunstâncias e peculiaridades. "Cada aeroporto tem sua tipologia de tráfego, são cidades fronteiriças, mas a reforma em geral passará pelos mesmos procedimentos dos demais", informou o presidente da Aena.
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