"Agressão letal, resposta letal", diz comandante do Choque após troca de tiros
Homem disparou a esmo na rua e atingiu vizinha; depois atirou contra policiais, acabou ferido e morto
Depois da troca de tiros no Bairro Aero Rancho, na noite desta segunda-feira (21), que terminou na morte de Sérgio Carlos da Silva, de 39 anos, o comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, tenente-coronel Rigoberto Rocha da Silva, comentou sobre a ação militar. "Agressão letal, resposta letal", definiu.
Ele explicou que ao chegar no local, os militares já foram recebidos a tiros. "A equipe treina diariamente para dar uma resposta adequada para a ação que vai se deparar. O procedimento é conter, isolar e estabilizar. Acionamos o Bope e começamos a verbalização, há também a utilização do equipamento não letal. No entanto, se oferece risco a equipe e a terceiros não há como ter outra resposta".
Rocha ainda disse que não foi possível, naquele momento, saber o que causou a "fúria" do homem, que começou a disparar com uma arma calibre 32 no meio da rua e acabou atingindo uma vizinha com dois tiros. "Não sabemos se foi alguma discussão com a vizinha, surto psicológico ou até mesmo uso de drogas", ponderou.
Confronto - Tudo aconteceu na esquina das ruas Agrolândia e Expedicionário Alcindo Jardim Chagas, no Aero Rancho, na noite de ontem. De acordo com testemunha, Sérgio saiu de casa armado. Empurrando uma motocicleta, ele disparou várias vezes a esmo e acabou acertando uma vizinha que estava sentada na varanda da casa dela com outras três pessoas. Atingida no braço, ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros.
A Polícia Militar foi acionada e encontrou o autor dentro da casa. No entanto, os militares do Batalhão de Choque foram recebidos a tiros, então revidaram, acertando Sérgio. Em seguida, os pais do suspeito saíram da casa. O socorro foi acionado, mas Sérgio não resistiu e morreu.
Passagens - Sérgio, vulgo "Serginho" ou "Cabeça", já tinha sido fichado três vezes por porte ilegal de arma de fogo. Em 2018, foi flagrado com cigarros de maconha na Vila Nhanhá, mas alegou ser para consumo próprio. Já em 2019, foi preso em uma residência do mesmo bairro comercializando cocaína e maconha. Além disso, na ficha criminal constam mais duas passagens por tráfico de drogas, duas por receptação, duas por desobediência e uma pelo crime de violência doméstica.