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Capital

Ainda sem avaliação, máquina que suga Aedes muda de endereço amanhã

Natalia Yahn | 14/03/2016 13:05
(Foto: Natalia Yahn / Arquivo)
(Foto: Natalia Yahn / Arquivo)

Ainda sem avaliação técnica da SES (Secretaria de Estado de Saúde), o aparelho Mosquito Magnet que suga a fêmea do mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya –, deve ser instalado até amanhã (15), no pátio do órgão, no Parque dos Poderes, em Campo Grande.

O anuncio da mudança de endereço aconteceu na terça-feira (8) e estava prevista para quinta-feira (10), mas ainda aguarda definição da Coordenadoria Estadual de Controle de Vetores. “Vamos fazer uma inspeção hoje (14) a tarde e decidir com a empresa (Seiva Brasil) sobre a mudança. Mas provavelmente será amanhã (15) e a instalação ao lado da Sala de Situação”, afirmou o gerente técnico da Secretária, Paulo Silva de Almeida.

A armadilha foi instalada no dia 23 de fevereiro no pátio do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), na Vila Ipiranga, na Capital. O local foi escolhido por ser uma área aberta, com mata e alta incidência de infestação do mosquito. E por ter as mesmas características, o pátio da SES vai abrigar o aparelho até o dia 23 de março, quando o teste do equipamento completa 30 dias.

A máquina que promete sugar a fêmea do Aedes será colocada próxima a Sala de Situação, que funciona no prédio da Secretaria de Estado de Saúde, no Parque dos Poderes.

O aparelho já passou por dois balanços, no dia 24 de fevereiro - um dia após começar a funcionar - e também na quinta-feira (3). Na primeira avaliação o aparelho não tinha funcionado satisfatória, e “engoliu” alguns poucos mosquitos. Porém no segundo monitoramento realizado mais mosquitos foram capturados na armadilha. "Foi uma quantidade razoável", disse Silva, sem informar quantos mosquitos foram sugados pelo aparelho.

O funcionamento do aparelho pelo período de 30 dias foi mantido e vai acontecer para confirmar a eficácia prometida pelo Instituto Seiva Brasil – com sede na Capital –, que atua na área de inovações tecnológicas, responsável pela apresentação do Mosquito Magnet e também por outra armadilha, “Flying Insect Trap”.

Funcionamento – O Mosquito Magnet, que “engole” o Aedes, custa aproximadamente R$ 10 mil e o “Flying Insect Trap” R$ 600. Os dois equipamentos funcionam de formas parecidas atraindo a fêmea do mosquito. Mas enquanto o primeiro usa ácido lático – composto orgânico produzido pelo corpo humano – para atrair o vetor, o outro utiliza uma lâmpada e também ondas sonoras (perceptíveis apenas para o mosquito).

Apenas a fêmea hematófaga – que se alimenta de sangue –, é atraída pelo composto utilizado na máquina, que imita o suor humano. "A fêmea pica porque precisa da proteína do sangue para se reproduzir, o macho só se alimenta da seiva das plantas", explicou o coordenador Estadual de Controle de Vetores, Mauro Lúcio Rosário.

Os dois aparelhos são fabricados nos Estados Unidos, precisam ser instalados de forma fixa (o “Flying” ao abrigo da chuva) e ter manutenção semanal para continuar operando com eficácia. O Magnet, que suga o inseto, tem abrangência de 4 quilômetros e promete “atrair e matar mosquitos”. Para funcionar o aparelho precisa de um botijão de gás de cozinha e quatro pilhas grandes. Caso aprovado ele poderá ser instalado em lugares de grande circulação de pessoas como escolas, creches, postos de saúde e até mesmo estádios.

Já o “Flying” tem eficácia de apenas 100 metros, e é mais indicado para ser usado em residências. A empresa Mosquitron, responsável pela importação dos equipamentos, deverá disponibilizar mais um lote com 2,7 mil unidades da armadilha doméstica nos próximos dias.

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