Alegando boa-fé e cooperação, defesa pede retirada de tornozeleira de colombiano
Homem é responsável por atropelar e matar jovem de 27 anos enquanto dirigia bêbado
A defesa do colombiano Carlos Hugo Naranjo Alvarez, de 33 anos, responsável pelo acidente que matou um jovem de 27 anos em fevereiro do ano passado, em Campo Grande, pediu a retirada da tornozeleira eletrônica pelo réu demonstrar "boa-fé e cooperação" com a Justiça. Carlos utiliza o aparelho desde que conseguiu liberdade provisória, em março de 2022.
Em pedido encaminhado ao Poder Judiciário, a defesa cita que o prazo estabelecido para a utilização da tornozeleira foi de 180 dias, "com recolhimento domiciliar durante a semana nos horários de 06:00 – 20:00, e integralidade aos finais de semana e feriado".
Diante disso, a defesa alega que o prazo se encerrou em 14 de dezembro do ano passado. "(...) já temos como ultrapassado/superado/cumprido a exigência imposta do prazo de 180 dias". "(...) o réu vem a pugnar pela autorização para retirada do monitoramento eletrônico somente após a data de 5 de janeiro e posteriormente comparecer para a devida assinatura do comparecimento mensal em juízo, vez em que já cumprira a exigência do prazo positivamente estipulado, bem como a nota de que não houveram incidentes de descumprimentos ou quebras durante a vigência das medidas", alega.
O Ministério Público não se manifestou contra o pedido da defesa. Contudo, mesmo com o pedido feito em 14 de dezembro, a Justiça ainda não emitiu decisão sobre. Carlos Hugo foi denunciado e virou réu por homicídio com dolo eventual, pois assumiu o risco de matar.
O acidente aconteceu no início da manhã do dia 28 de fevereiro de 2022. O motociclista Matheus Frota da Rocha, 27, seguia em uma Honda Fan 150 quando houve a colisão com a Mercedes-Benz C180 conduzida pelo estrangeiro. Matheus morreu na hora e a namorada, que ocupava a garupa da moto, sobreviveu.
A colisão foi tão forte que chegou a arrancar a perna inteira do rapaz. De acordo com a polícia, o corpo da vítima foi arremessado cerca de 15 metros depois da queda da motocicleta. A perna parou 4 metros à frente do corpo.
O colombiano fugiu do local, mas foi preso poucas horas depois, na MS-080. Ele negou que estivesse bêbado, no entanto, teste de bafômetro constatou 0,30 mg de álcool por litro de ar expelido dos pulmões.