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Capital

MP quer que colombiano vá a júri por matar motociclista no trânsito

Teste do bafômetro de Carlos Hugo feito no dia do acidente deu 7,5 vezes a mais do que o permitido

Mirian Machado | 05/08/2022 16:49
Carlos saindo da sala de audiência de instrução após depoimento. (Foto: Paulo Francis)
Carlos saindo da sala de audiência de instrução após depoimento. (Foto: Paulo Francis)

O Ministério Público Estadual quer que o colombiano Carlos Hugo Naranjo Alvarez, de 32 anos, vá a júri por matar Matheus Frota da Rocha e tentar matar Samira Ribeiro dos Santos. O crime ocorreu na madrugada do dia 28 de fevereiro, no cruzamento da Avenida Salgado Filho com a Rua Guia Lopes, no Bairro Amambaí.

O pedido, ainda sem decisão, foi apresentado no dia 22 de julho e anexado no processo. Nele consta que Carlos assumiu o risco de matar já que dirigia  em alta velocidade, desrespeitando as leis de trânsito e sinalizações semafóricas além de estar embriagado, fato comprovado pelo teste de alcoolemia que constatou 0,3 mg/l, o que corresponde a 7,5 vezes superior ao valor permitido que é de 0,04 mg/l.

Sendo assim, havendo suficientes indícios de materialidade e da autoria delitiva do acusado CARLOS HUGO NARANJO ALVAREZ, pautados nos depoimentos e nos laudos periciais realizados, impõe-se ao presente caso a Decisão de Pronúncia, para que seja o réu julgado em plenário, de modo que a matéria seja submetida à apreciação do Conselho de Sentença”, diz o requerimento.

Motocicleta que era conduzida por Matheus ficou destruída após colisão. (Foto: Henrique Kawaminami)
Motocicleta que era conduzida por Matheus ficou destruída após colisão. (Foto: Henrique Kawaminami)

Fatal 

O acidente aconteceu no início da manhã do dia 28 de fevereiro. O motociclista seguia em uma Honda Fan 150 quando houve a colisão com a Mercedes-Benz C180 conduzida pelo estrangeiro.

Matheus morreu na hora e Samira foi levada para a Santa Casa. A colisão foi tão forte que chegou a arrancar a perna inteira do rapaz. De acordo com a polícia, o corpo da vítima foi arremessado cerca de 15 metros depois da queda da motocicleta. A perna parou 4 metros a frente do corpo.

O colombiano fugiu do local, mas foi preso poucas horas depois, na MS-080. Ele negou que estivesse bêbado, no entanto, teste de bafômetro constatou 0,30 mg de álcool por litro de ar expelido dos pulmões.

No interrogatório, Carlos Hugo fez questão de deixar claro que não é um homem rico. Ele trabalha vendendo roupas e sapatos e o carro é financiado.

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