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Capital

Aluno tem braço quebrado em confusão por lanche na escola

Mãe da vítima alega que filho foi agredido ao esbarrar no braço de menino mais velho e derrubar alimento

Por Natália Olliver | 22/03/2024 13:36
Vítima teve dois ossos do braço quebrados e precisou passar por cirurgia (Foto: Fabiana Braguin)
Vítima teve dois ossos do braço quebrados e precisou passar por cirurgia (Foto: Fabiana Braguin)

Dois alunos se envolveram em uma confusão na Escola Estadual Célia Maria Naglis, no bairro Moreninhas 3, em Campo Grande. O episódio terminou com uma criança do 4º ano com os dois ossos do braço direito quebrados, na tarde desta quinta-feira (21).

Segundo a mãe da vítima, Bruna Fabiana Braguin dos Santos, um garoto, do 7º ano, teria agredido o filho após ele ter esbarrado no lanche dele e ter derrubado no chão o alimento. A vítima precisou passar por cirurgia.

Ela explica que outras crianças estavam perto no momento do ocorrido e relataram, na sala da coordenação da escola, o que aconteceu. “Me falaram que o Pietro estava brincando na escola e esbarrou com um menino do 7º ano e o lanche que ele estava na mão caiu. O menino começou a xingar o Pietro falando que ele deveria pagar outro lanche pra ele. Meu filho falou que foi sem querer e não tinha dinheiro para pagar. Ele correu e o garoto correu atrás, empurrou meu filho e chutou ele”.

A mãe se revolta com o descaso da instituição que, segundo ela, comunicou o ocorrido a terceiros. “Quando foi 15h33, meu telefone tocou, uma chamada de uma amiga minha. Ela disse que a coordenação ligou para ela que o Pietro tinha se machucado”. Ela também reclama que no momento não tinha nenhum coordenador de pátio para intervir na confusão.

Depois da ligação, Bruna foi até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) no mesmo bairro, onde a criança tinha sido levada por funcionários da escola. “Vi ele na pediatria com a mão toda roxa e torta. Ele ainda não tinha feito raio-X, muito menos tomado medicação ainda, não tinham nem tala para imobilizar o braço do meu filho”. Posteriormente, ela optou por levar a criança a um hospital particular, onde o menino precisou ser operado para colocar dois pinos no braço.

Durante a conversa de Bruna com a coordenadora da unidade, pelo WhatsApp, o que a mãe da vítima “ouviu” foi que ela lamentava o ocorrido e que isso poderia ter acontecido em qualquer lugar e com qualquer criança. A mãe alega que o filho foi agredido e exige que a unidade tome medidas sobre o episódio.

Nesta sexta-feira (22), os pais dos envolvidos se reuniram com a diretoria da escola para explicar o caso. Segundo Bruna, o garoto acusado de ter agredido o filho confessou. Os pais dele afirmaram que essa é a primeira vez que ele se envolve em situações assim e que não costuma ser violento. Na ocasião, o pai da vítima ainda intimou os responsáveis a arcarem com o tratamento de fisioterapia e cuidados médicos da criança.

A SED (Secretaria de Estado de Educação) disse que, segundo informações da direção, houve um conflito entre dois estudantes, mas que rapidamente foi contido pelos servidores da escola. Segundo a pasta, a unidade atribui o ferimento a uma queda e que a confusão com o colega de escola não teria sido o motivo da fratura.

“De acordo com a equipe de gestão, um dos alunos apresentou fratura no braço, em decorrência de uma queda, que teria dado início à discussão e conflito entre os dois. Seguindo o protocolo da Rede Estadual de Ensino, os pais/responsáveis foram comunicados sobre o fato para devido atendimento e encaminhamentos, bem como preenchimento de ata e aplicação das sanções previstas no regimento escolar."

A mãe rebate a fala da secretaria e afirma que vai fazer boletim de ocorrência após deixar o hospital com o filho.

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