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Capital

Alvo da Lama Asfáltica, Puccinelli Júnior não responde a processo na UFMS

Filho do ex-governador André Puccinelli, o advogado foi preso duas vezes na operação da Polícia Federal

Aline dos Santos | 19/02/2019 11:13
Instituto Ícone, que encerrou atividades após operação, foi apontado como poupança de propina. (Foto: Bruna Kaspary/Arquivo)
Instituto Ícone, que encerrou atividades após operação, foi apontado como poupança de propina. (Foto: Bruna Kaspary/Arquivo)

O advogado André Puccinelli Júnior, que retomou as aulas de Direito na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) após ficar preso por cinco meses na operação Lama Asfáltica, não é alvo de processo administrativo disciplinar na instituição.

De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, “no âmbito da UFMS não há registro de Processo Administrativo Disciplinar relacionado ao docente André Puccinelli Junior”. Ele recebeu salário durante o período em que esteve preso.

Filho do ex-governador André Puccinelli (MDB), o advogado foi preso duas vezes na operação da PF (Polícia Federal). No relatório da força-tarefa, o Instituto Ícone, cujo verdadeiro dono é apontado como Puccinelli Júnior, figura como uma “poupança de propinas”.

A denúncia é de que o dinheiro destinado ao ex-governador era repassado ao instituto, que apesar de superavitário, não remunerava com mesmo vigor financeiro João Paulo Calves, seu único dono e apontado como testa de ferro de André Puccinelli Júnior. O Ícone teve as atividades encerradas depois das prisões do ex-governador, o filho e Calves. 

Primeiro, os três foram presos em novembro de 2017. A prisão foi relâmpago, mas acabaram sendo alvos da operação em julho do ano passado. Puccinelli e o filho só conseguiram a liberdade em dezembro, por meio de liminar no STJ (Superior Tribunal de Justiça). 

Calves é professor substituto no curso de Direito da UFMS. Ambos os advogados respondem a processos éticos na OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil), que tramitam em sigilo.

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