Alvo da Lama Asfáltica, Puccinelli Júnior não responde a processo na UFMS
Filho do ex-governador André Puccinelli, o advogado foi preso duas vezes na operação da Polícia Federal
O advogado André Puccinelli Júnior, que retomou as aulas de Direito na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) após ficar preso por cinco meses na operação Lama Asfáltica, não é alvo de processo administrativo disciplinar na instituição.
De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, “no âmbito da UFMS não há registro de Processo Administrativo Disciplinar relacionado ao docente André Puccinelli Junior”. Ele recebeu salário durante o período em que esteve preso.
Filho do ex-governador André Puccinelli (MDB), o advogado foi preso duas vezes na operação da PF (Polícia Federal). No relatório da força-tarefa, o Instituto Ícone, cujo verdadeiro dono é apontado como Puccinelli Júnior, figura como uma “poupança de propinas”.
A denúncia é de que o dinheiro destinado ao ex-governador era repassado ao instituto, que apesar de superavitário, não remunerava com mesmo vigor financeiro João Paulo Calves, seu único dono e apontado como testa de ferro de André Puccinelli Júnior. O Ícone teve as atividades encerradas depois das prisões do ex-governador, o filho e Calves.
Primeiro, os três foram presos em novembro de 2017. A prisão foi relâmpago, mas acabaram sendo alvos da operação em julho do ano passado. Puccinelli e o filho só conseguiram a liberdade em dezembro, por meio de liminar no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Calves é professor substituto no curso de Direito da UFMS. Ambos os advogados respondem a processos éticos na OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil), que tramitam em sigilo.