Ambulante chegou às 3h, mas vendas não "bombam" durante o desfile
Da chipa ao espetinho, desfile é chance de renda extra para os vendedores ambulantes
Opção de lazer para quem quer sair da rotina no domingão o Desfile Cívico também é oportunidade para quem quer faturar. E quem depende das vendas teve de madrugar neste domingo (28), para garantir o melhor lugar no evento em celebração aos 123 anos de Campo Grande.
Acompanhada do pai a vendedora Ingrid Rodrigues da Silva, de 31 anos, chegou às 3h na esquina da Rua 13 de Maio com a Avenida Afonso Pena, mas admite que o movimento não tem correspondido com a expectativa. Ela está vendendo bebidas e espetinho a R$ 6,00.
“Não espero vender muito porque até agora o movimento está bem fraco. Acho que é porque é final de mês e também por pouca divulgação. Nos anos anteriores essa hora já estava bem mais lotado”, disse logo após o início do desfile.
Quem também apostou no espetinho a R$ 5,00 e reclama do movimento fraco é o vendedor Marcio Soares, de 36 anos. “Antigamente era melhor. Só quem queria muito vir, veio”, conta relembrando outras edições do evento. Durante a pandemia, Márcio começou a trabalhar de carteira assinada em uma conveniência, mas não deixou de lado o ofício como vendedor ambulante.
Há 10 anos que a renda extra vendendo espetinho em eventos e no Bairro Progresso ajuda e muito no fechamento das contas no final do mês.
Já a especialidade da vendedora Izeni Menino de Oliveira, de 56 anos, é a iguaria queridinha do campo-grandense: a chipa. “É o nosso meio da sobrevivência. Eu vendo no Centro há 18 anos e tenho uma ‘portinha’ no Jardim Itamaracá na frente da minha casa”, conta. O preparo das 600 unidades de chipa e pão de queijo que ela, o marido e a filha levaram para o desfile começou às 23h de ontem. Izeni mal dormiu durante, mas acredita que o esforço vai valer a pena. “Apesar de a matéria prima estar cara vale à pena vir aqui hoje por conta da quantidade de vendas”, conclui.