Quatro grandes obras garantiram moradia e acesso a milhares de pessoas
RETROSPECTIVA
O ano de 2011 vai entrar para a história de Campo Grande por conta das grandes obras feitas em parceria entre a Prefeitura, Governo Federal e Governo do Estado. As obras marcaram a cidade pela facilitação do acesso, qualidade de vida, valorização de imóveis e aquisição, para os diversos que ganharam uma casa e saíram das encostas de córregos.
Durante inauguração do Parque Linear do Lagoa, primeira solicitada e última entregue por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), se recordou que o Estado quase perdeu os investimentos pela falta de projeto do governo anterior. Porém, as obras foram garantidas pela “malandragem”, entenda no bom sentido, do governador André Puccinelli (PMDB).
Na ocasião, em 2007, o governador e o prefeito viajaram à Brasília para o lançamento do ainda desconhecido PAC. No evento, Trad e Puccinelli descobriram que o Estado não havia apresentado nenhum projeto e resolveram conversar com a responsável pelo PAC, a agora presidenta Dilma Rousseff (PT). Puccinelli disse que o Estado também fazia parte do Brasil e solicitou que os projetos fossem incluídos. Dilma perguntou se o Mato Grosso do Sul tinha projeto e Trad já ia dizendo que não, mas foi interrompido pelo governador, que mentiu e afirmou que sim. Começava ai uma série de obras que transformaram Campo Grande.
O Parque Linear do Lagoa é um exemplo claro do progresso realizado com investimentos do PAC, Estado e Prefeitura. A obra recebeu R$ 55 milhões e transformou um longo acesso que demorava 30 minutos, ligando o macroanel das saídas de Sidrolândia e São Paulo à avenida Duque Caxias, em rápidos 10 minutos, por meio de uma via que garantiu acesso a mais de 30 bairros, desafogando várias avenidas.
A obra recebeu uma ciclovia que será a primeira iluminada em Campo Grande, projeto de paisagismo e o plantio de diversas árvores para recuperar a vegetação. Os investimentos também devem colocar fim as enchentes que até o ano passado ameaçavam residências nos bairros Bonança e Buriti.
Via Morena II - A inauguração da Via Morena II também foi um marco na história da Capital, com a retirada dos trilhos e o começo de uma nova época. A obra, continuação da Via Morena, mostrou que a Capital está em uma busca constante pelo crescimento. Quem veio a Campo Grande há alguns anos vai perceber a enorme diferença. No lugar dos antigos trilhos, uma larga e moderna via, que desafogou a Júlio de Castilho e proporcionou ao turista uma apresentação que condiz com a atual situação da Capital.
A avenida ganhou três faixas de rolamento, uma de estacionamento e ciclovia de 4,5 quilômetros, interligando os projetos Imbirussu/Serradinho, Orla Morena e Parque Linear do Lagoa. Um benefício a 70 mil pessoas que usam diariamente a via. Não bastasse o acesso, a avenida também ganhou um canteiro central com belo paisagismo e até um mirante para quem deseja observar os pousos de aviões em frente ao Aeroporto Internacional de Campo Grande. A etapa da Via Morena recebeu investimentos de R$ 13,9 milhões, garantindo ainda um complexo semafórico moderno, faixa de pedestre em todos os cruzamentos e sinalização horizontal com material diferenciado.
Imbirussu-Serrandinho - O Complexo Imbirussu Serradinho foi a maior obra inaugurada na administração de Nelson Trad Filho. Os investimentos de mais de R$ 120 milhões garantiram asfalto a quem convivia com problemas de barro e enchentes, recuperação ambiental, construção de unidades habitacionais e valorização dos bairros.
Foram construídas 850 unidades habitacionais para retirar famílias de áreas de risco, no fundo de vale, o que fez a Capital dar um grande passo rumo ao fim das favelas. O projeto que já poderia ser considerado um sucesso por investir no combate as favelas, também garantiu novas pontes, redes de distribuição de água, redes coletoras de esgotos sanitários, drenagem, energia elétrica e iluminação pública, além da acessibilidade, interligando as avenidas Duque de Caxias e Euler de Azevedo.
O grande projeto ainda incluiu a construção de equipamentos sociais de educação, saúde e assistência social para atender a população da região. Os moradores receberam a Escola Municipal Carlos Vilhalva Crisltado, Unidade Básica de Saúde da Família, Dr. Herbeto Calado Rebelo, Centro de Educação Infantil Felipe Safadi Alves, Centro Comunitário e o novo Horto Florestal, que vai garantir a recomposição vegetal da cidade e fazer com que a Capital tenha uma árvore para cada habitante em 10 anos. O novo Horto Florestal ainda possui trilha e orquidário, administrado em parceria com associação de moradores.
Parque linear do Segredo - O Parque Linear do Segredo também é uma das obras que vai ficar na memória pela qualidade de vida e acesso. A Prefeitura inaugurou apenas a primeira parte, da Mascarenhas de Morais ao bairro Estrela do Sul (A obra vai ligar a região Sul a Norte, até a saída para Cuiabá), mas já foi suficiente para a população perceber a diferença no acesso e valorização do bairro.
O parque atendeu a 21 comunidades da região, com pistas para caminhadas e atividades de lazer, quatro quadras de esportes, três centros comunitários, praças, 4,5 km de ciclovias e aproximadamente 6 km de vias pavimentadas, em um investimento de R$ 66,5 milhões, do Governo Federal, por meio do PAC, e contrapartida da prefeitura.
Além dos investimentos em lazer, o recurso garantiu a pavimentação e drenagem de ruas da Vila Santa Luzia, Vila Marli, Vila Nasser, Novo Horizonte, Vila Nossa Senhora Aparecida, Jardim Presidente, Vida Nova I, II e III, Morada Verde, Morada do Sossego e Mata do Jacinto. Também foram garantidas residências a 524 famílias que viviam em condições precárias.