Apesar de visitas canceladas, situação é tranquila nos presídios da Capital
Agentes penitenciários disseram que vão manter paralisação por 24 horas em presídios
Apesar das visitas estarem canceladas no Instituto Penal e nos presídios de Segurança Máxima e de Trânsito de Campo Grande, em função da paralisação dos agentes penitenciários, a situação até o momento está tranquila, sem qualquer rebelião ou confusão do lado de fora. As mulheres dos presos reclamam que não foram avisadas antes, sobre este impedimento.
De acordo com algumas mulheres que vieram de São Gabriel do Oeste, para visitar os maridos, no Presídio de Trânsito, elas não foram informadas com antecedência sobre o cancelamento das visitas, recebendo o comunicado apenas hoje (24), de manhã, por volta das 8h. Havia rumores desta situação, mas nada confirmado.
Elas pedem que ao menos sejam levados almoço para os detentos, pois além de não autorizar as visitas, os pertences e comidas que foram levadas, não entram nos presídios. Elas disseram que vão ficar no local, até receber esta informação.
Já no Presídio de Segurança Máxima, logo depois que as visitas foram canceladas, as familias foram avisadas e deixaram o local, no começo da manhã. Apesar da paralisação, também até o momento não houve transtornos ou confusão no local.
O capitã Schneider, da Polícia Militar, disse que eles estão reforçando o policiamento em volta dos presídios, com rondas e abordagens próximas aos locais, além disto as equipes estão de prontidão, para uma eventual ocorrência.
No Presídio Feminino Irmã Zorzi foi feito um acordo com os agentes, que estavam na chefia de hoje, para que houvesse visita dos familiares, mas sem entrada de pertences e comidas.
O presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores Estaduais da Administração Penitenciária), André Luiz Santiago, disse que a paralisação vai continuar por 24 horas e que até o momento não recebeu ainda a ordem judicial, para o impedido a realização desta restrição e que se chegar tal documento, vai passar para o setor jurídico.Ele garantiu que a comida e almoço para os presos serão fornecidas, e que nos presídios "ninguém entra e ninguém sai", somente nos casos de vinda de presos de outros municípios ou fora do Estado.
O diretor-presidente da Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário), Aud de Oliveira, afirma que a notificação já foi feita. “O oficial de Justiça já levou a notificação, tomamos todas as providências, se eles vão aderir a paralisação haverá consequência”, disse.
A categoria protesta principalmente por melhores salários, cumprimento do acordo referente ao reposicionamento de classe por tempo de serviço e a convocação dos formandos.
Com a paralisação seriam afetados o banho de sol; visitas; entrega de alimentação e objetos aos presos; liberação para trabalho; atendimento aos advogados; atendimento aos oficiais de justiça; liberação de presos dos regimes aberto e semiaberto para visitação em domicílios; assistências penais, educacionais, laborativas e religiosas. Atendimento à saúdesó será em casos de urgência e emergência e recebimento de preso.