Após 18 dias internado, assassino de florista recebe alta e vai para presídio
Segundo a polícia, antes de ir para o presídio, Suetônio foi interrogado, mas preferiu ficar em silêncio
Depois de passar 18 dias internado na Santa Casa, Suetônio Pereira Ferreira, 57 anos, conhecido como Toni, recebeu alta às 22h de quarta-feira (5) e foi direto para o Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho. Segundo a delegada Fernanda Félix, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), antes de ir para a penitenciária, Suetônio foi interrogado, mas preferiu ficar em silêncio.
Suetônio tentou suicídio após atirar na ex-namorada, Regiane Fernandes de Farias, 39 anos, na manhã do dia 18 de janeiro, em frente a floricultura que a mulher trabalhava, na Rua Vitório Zeolla. no Bairro Carandá Bosque. A florista chegava ao local quando foi surpreendida por Suetônio. Testemunhas narraram que ele esperava pela ex dentro do carro e assim que a viu, fez os disparos.
Depois de ferir Regiane, Suetônio tentou cometer suicídio, com um tiro na cabeça, mas sobreviveu. Os dois foram socorridos até a Santa Casa. Ele recebeu atendimento e foi internado na área verde do hospital, sob escolta policial, sem risco de morte. Já a florista foi levada para o centro cirúrgico com ferimentos do tórax e não resistiu. Morreu na noite do mesmo dia. Mesmo internado, o homem foi indiciado na Deam por homicídio qualificado e o caso foi enviado para a Justiça.
Enquanto o Ministério Público de Mato Grosso do Sul sustentava a prisão preventiva de Suetônio, a defesa - feita por três advogados - tentava a liberdade. Para isso afirmou que o cliente sofria de depressão grave e problemas psiquiátricos, por isso deveria receber atendimento especializado e não ir para o presídio.
Decisão do juiz - No entanto, o juiz Aluízio Pereira do Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, optou pela prisão preventiva de Suetônio, mas diante do pedido da defesa, determinou a realização do exame de insanidade mental. Ele designou ainda o perito médico psiquiatra Fabiano Coelho Horimoto para emitir o laudo. Na decisão, o magistrado definiu que ao deixar o hospital, Suetônio seria levado para o presídio, onde receberia os tratamentos médicos necessários. O exame ainda será marcado.