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Capital

Após 38 dias, PF e Guarda Municipal tiram manifestantes do Iphan

Fernanda Mathias e Guilherme Henri | 27/06/2016 12:03
Policiais federais e guarda municipal estão desde cedo no prédio do Iphan, que estava ocupado desde 20 de maio (Foto: Alcides Neto)
Policiais federais e guarda municipal estão desde cedo no prédio do Iphan, que estava ocupado desde 20 de maio (Foto: Alcides Neto)

Após 38 dias de ocupação, policiais federais e guardas municipais estiveram nesta manhã no (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em Campo Grande, para cumprir ordem de desocupação. Os manifestantes chegaram ao prédio no dia 20 de maio, reivindicando a manutenção do MinC (Ministério da Cultura) e, após anúncio de recriação pelo presidente em exercício, Michel Temer, continuaram no local, sustentando outras pautas.

A superintendente do órgão, Norma Daris Ribeiro, alega que durante a ocupação recebeu agressões verbais e que na última quarta-feira, 22, a situação se tornou insustentável com a agressão de um servidor.

O fato foi comunicado ao MinC e veio a determinação que os funcionários deixassem o prédio até que a desocupação ocorresse. Norma afirma que não houve danos ao patrimônio e que os documentos de maior importância foram preservados em uma sala isolada e monitorada eletronicamente. Segundo ela, o fluxo diário de manifestantes no prédio era de aproximadamente 20 pessoas.

A Polícia Federal e Guarda Municipal chegaram às 9 horas no Iphan e não têm previsão de horário para deixar o local. São cinco viaturas da Guarda Municipal e duas da Polícia Federal.

Agressividade – Se por um lado a superintendente do Iphan aponta hostilidade dos manifestantes, de outro, participantes da ocupação informam que nunca houve agressões verbais ou físicas aos funcionários.

Fernanda Kunzler, que participa do coletivo de manifestantes, afirma que um funcionário teria mexido em pertences dos ocupantes e os xingado. Ela acusa, ainda, a abordagem policial de ter sido agressiva e truculenta.

“A polícia é desumana em suas ações, não somos bandidos, não tínhamos uma arma. Somos artistas em uma ação política e poética, fomos dizer isso e nos mandaram calar a boca e guardar as coisas”. No momento da desocupação, havia 15 pessoas no local.

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