Após 6 dias em MS, Jamilzinho volta com nova condenação para presídio de Mossoró
Além de Jamil Name Filho, Marcelo Rios também volta ao presídio federal no RN; "Vlad" continua em Campo Grande
Após seis dias em Mato Grosso do Sul, Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”, embarcou ás 17h34 em voo da Latam no Aeroporto de Campo Grande, com destino a Mossoró (RN), neste sábado (22), onde já estava preso por outros crimes investigados pela Operação Omertà. O avião estava previsto para decolar às 18h15.
Ele deverá desembarcar no Aeroporto de Congonhas, às 19h45 (de MS), em São Paulo (SP) e depois seguir para Mossoró em aeronave das forças de segurança. Jamilzinho foi condenado a 23 anos e seis meses de prisão, além de 60 dias multa, pela morte do estudante de direito Matheus Coutinho Xavier, em abril de 2019 e por posse ilegal de arma de fogo.
O ex-guarda civil de Campo Grande, Marcelo Rios, condenado a 23 anos de reclusão e 120 dias de multa, também retornará à Mossoró (RN). Eles irão em linhas comerciais, assim como vieram.
Além dele, também condenado pelos mesmos crimes, o policial civil aposentado Vladenilson Olmedo, o “Vlad”, sentenciado a 21 anos e seis meses de reclusão e 60 dias de multa, permanecerá em na Penitenciária de Campo Grande, onde já estava.
A sentença foi proferida, nessa quarta-feira (20), após três dias de julgamento no Fórum de Campo Grande, considerado o júri mais importante das últimas décadas em Mato Grosso do Sul.
O voo - A previsão inicial era que Jamil Name Filho retornasse na sexta-feira (21), mas o embarque só aconteceu neste sábado. Autoridades mantiveram sua volta em sigilo devido à segurança do preso.
Depen (Departamento Penitenciário Nacional) e agentes federais fizeram a escolta do condenado até o Aeroporto. Havia, pelo menos 10 homens, no total: dois presos e 8 servidores. Jamilzinho foi levado em uma van preta, escoltada por duas viaturas da polícia penal.
O caso - De acordo com a acusação, Jamilzinho era mandante da milícia do jogo do bicho em Mato Grosso do Sul que executou o estudante de Direito Matheus Coutinho Xavier. A vítima foi morta no lugar do pai, que era o alvo da execução encomendada por Jamil Name Filho.
Na pena de Marcelo Rios, também está incluída condenação por receptação de veículo furtado utilizado no crime. Após a leitura da sentença pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, advogados de defesa dos três condenados pediram para constar em ata que discordam da decisão do Poder Judiciário e que recorreriam à segunda instância.
Também era réu na ação o pai de Jamilzinho, Jamil Name, mas ele morreu de covid-19 em junho de 2021, na Penitenciária Federal de Mossoró, onde estava preso.