Após dois dias de ataques, Polícia prende quatro suspeitos na Capital
Após atentados criminosos por dois dias consecutivos, a Polícia Militar prendeu quatro suspeitos de atear fogo em sete automóveis e duas motocicletas no centro de Campo Grande. As prisões foram feitas à 1h30 de hoje na Terminal Rodoviário de Campo Grande. O grupo, que iria para São Paulo, está na faixa etária de 18 a 23 anos.
Os suspeitos estão sendo encaminhados para o Garras (Delegacia Especializada de Repressão de Roubo a Banco, Assalto e Sequestro). A princípio, o delegado titular da unidade, Alberto Rossi, disse que os jovens foram detidos para averiguação.
O Campo Grande News apurou que os policiais militares abordaram os jovens porque eles tinham as características dos suspeitos. No momento da abordagem, eles ficaram nervosos, o que aumentou as suspeitas sobre os quatro. Três residem em São Paulo e um na Capital.
Segundo Rossi, os suspeitos vão permanecer na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) até a confirmação do envolvimento nos ataques criminosos na Capital.
O Garras vai centralizar as investigações, que também contam com a colaboração dos serviços de inteligência da Polícia Federal e da Polícia Militar.
Sequência - Apesar do policiamento ostensivo feito em Campo Grande, os ataques contra veículos seguiram pelo segundo dia na Capital. Na noite de ontem, mais dois veículos foram danificados. As duas motocicletas estavam estacionadas na rua do Padre, ao lado da Igreja Santo Antônio, e tiveram a mangueira do combustível cortada.
Já são nove casos registrados. Segundo o secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado, Wantuir Jacini, todas as ações preventivas já estão desencadeadas.
O comandante da Polícia Militar, o coronel Carlos Alberto Davi, disse hoje pela manhã que as investigações estão em andamento, mas optou pelo sigilo e não quis dar nenhuma informação.
Ontem, Jacini afirmou que todas as forças estão envolvidas na ação, como a PRF (polícia Rodoviária Federal), que aumentou a fiscalização nas estradas, e a PF (Polícia Federal).
O governador André Pucinelli (PMDB) disse ontem que o secretário Jacini tem carta branca para coibir a “bandidagem”. “É tolerância zero com a bandidagem”, frisou.
A polícia ainda investiga a autoria dos atentados. “Pode ou não ser criem organizado ou pode ser bandidos que faz roubo querendo aparecer”, disse Pucinelli.
Os ataques tiveram início na noite de quarta-feira (15). O primeiro foi um Palio, estacionado em frente à Igreja São José, na rua Pedro Celestino. Na mesma via, entre a avenida Afonso Pena e a rua 15 de Novembro, um Eco Sport parta e uma Blazer branca foram alvo dos bandidos.
O quarto carro a ser atacado foi um Uno branco, na Afonso Pena, próximo a rua José Antônio. O quinto veículo foi um Aircroos Citröen estacionado na rua 7 de Setembro.
A proprietária do veículo, a professora Márcia Aparecida de Oliveira, 43 anos, estava participando do cerco de Jericó na Igreja Santo Antônio. No dia, ela contou à reportagem do Campo Grande News que disseram se tratar de um carro Peugeot, por isso não se preocupou e só percebeu que era o seu carro quando acabou o encontro religioso.
O fogo foi cessado por um médico, que estava próximo e viu a ação, e por um guardador de carros.
Testemunhas afirmaram que os crimes foram cometidos por dois homens em uma moto. A moto usado pelos criminosos já foi identificada. A ação dos bandidos é sempre do mesmo jeito, eles cortam a mangueira do combustível, que fica embaixo dos veículos e depois ateiam fogo.