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Capital

Após morte de traficante, polícia pede prazo para concluir inquérito

Jefferson Lourenço da Silva foi alvo de atirador em maio deste ano e morreu quase um mês depois

Ana Paula Chuva | 05/08/2023 10:25
Jefferson foi atingido por tiros no abdômen e nas costas (Foto: Reprodução | Facebook)
Jefferson foi atingido por tiros no abdômen e nas costas (Foto: Reprodução | Facebook)

Alvo de atirador no dia 24 de maio, Jefferson Lourenço da Silva, 27 anos, morreu no dia 23 de junho deste ano, quase um mês depois do atentado. Ele estava internado sob escolta em hospital por ter sido preso por tráfico de drogas e, agora, a Polícia Civil pediu prorrogação no prazo para concluir o inquérito.

Jefferson foi baleado enquanto saía de casa junto com o irmão, identificado como Jairo Lourenço da Silva, 23 anos, que morreu na hora. O crime aconteceu na Rua José Maurício, Bairro Los Angeles. Uma outra mulher foi atingida por tiro e também foi levada para atendimento médico.

Na casa da família, a polícia encontrou 36 g de maconha, 510 g de cocaína e R$ 9.592 em dinheiro. Com isso, Jefferson e outras duas pessoas foram autuadas em flagrante por tráfico de drogas, Lorrayne Aline da Silva e Márcia da Silva dos Santos, esposas dos irmãos. Além de outros dois homens, que também estavam na residência, identificados apenas como Marcelo e Henrique.

Jefferson acabou sendo atingido nas costas e abdômen e foi internado em estado grave na Santa Casa, mas como estava escoltado não foi possível ter acesso ao boletim médico do rapaz, que acabou morrendo dia 23 de junho. Segundo investigação, ele e o irmão seriam os alvos do atirador que chegou em um carro branco.

A esposa de Jairo acabou não conseguindo prestar depoimento na ocasião, por estar muito abalada com a morte do rapaz. Jefferson também não chegou a ser ouvido no flagrante por estar sob atendimento médico, mas teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. A polícia chegou a pedir quebra do sigilo telefônico dos envolvidos.

Em depoimento, familiar dos rapazes chegou a alegar que a família era perseguida por um homem conhecido como “chefão do Bairro Tijuca”. O suspeito tem uma extensa ficha criminal e é apontado como mandante do assassinato de um outro irmão dos dois, Henrique Lourenço da Silva, executado em 2021.

Com a morte de Jefferson, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) acabou pedindo, no dia 10 de julho, o arquivamento do inquérito e a extinção da punibilidade do rapaz. No entanto, esta semana, o delegado André Luis Mendonça Fernandes pediu a dilação do prazo para análise e conclusão da investigação.

Tráfico - Antes do atentado, Jairo e outras quatro pessoas consumiam drogas em frente à filha da vítima, menina de aproximadamente 3 anos. À imprensa, a delegada Joilce Ramos informou na ocasião que, nas imagens da câmera de segurança de dentro da casa, foi possível ver que havia cinco adultos e a criança na residência.  Jefferson tinha diversas passagens pela polícia, por tráfico de drogas e ameaça.

Imagem mostra os cinco homens e duas crianças no quintal da casa (Foto: Reprodução)
Imagem mostra os cinco homens e duas crianças no quintal da casa (Foto: Reprodução)

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