Após protestos de caminhoneiros, Exército ainda patrulha rodovias
Segundo a polícia, não há mais nenhum ponto de manifestações em rodovias federais nem estaduais de Mato Grosso do Sul
Após a greve dos caminhoneiros, o Exército Brasileiro continua nas rodovias para reforçar a segurança e garantir a circulação de veículos em Mato Grosso do Sul. Uma das equipes esteve nesta manhã (31) no posto de combustíveis Kátia Locatelli, na BR-163 em Campo Grande - local que foi ponto de encontro dos manifestantes. Por lá, não foi registrada nenhuma ocorrência.
Os caminhoneiros protestaram no Estado por dez dias pela redução do preço do diesel. Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e PMRv (Polícia Militar Rodoviária), não há mais nenhum ponto de mobilização e bloqueios em rodovias federais e estaduais de Mato Grosso do Sul.
A operação do Exército denominada São Cristovão, que faz referência ao padroeiro dos motoristas e viajantes, realizou desde sábado (26) 97 escoltas de caminhões junto com com a PRF para garantir a segurança dos motoristas na entrega de cargas na Capital e nos municípios. Hoje, segundo a assessoria de imprensa do órgão, o patrulhamento é preventivo em razão da operação Corpus Christi.
O trabalho interagências envolve 3 mil agentes das forças de segurança estadual, federal e do Exército. Até o momento foram registrados dois casos de veículos que foram apedrejados por caminhoneiros em greve. A operação, conforme o órgão, tem respaldo jurídico no decreto assinado pelo presidente Michel Temer (MDB) determinando o uso das forças federais para liberar as rodovias e reabastecer o país com os produtos retidos nas estradas.
O decreto, publicado na última sexta-feira (25), em edição extra do Diário Oficial da União, autoriza o emprego das Forças Armadas no contexto da Garantia da Lei e da Ordem até o dia 4 de junho.
Desmobilização - A greve perdeu força depois que o governo federal concordou em promover reduções no preço do diesel, tanto a parir da Petrobras como por meio de desonerações. O governo do Estado também anunciou o corte na alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e na pauta fiscal do combustível, desde que a paralisação fosse encerrada e os postos se comprometessem a permitir que a queda no imposto se refletisse nas bombas.