Aprovados em concurso protestam e cobram decisão de Marquinhos Trad
Aprovadas em concurso publico realizado em 2014 pela Prefeitura de Campo Grande, cerca de 25 pessoas, a maioria merendeiras e recreadoras, fizeram uma manifestação na manhã desta quinta-feira, 5, em frente ao Paço Municipal. Elas foram cobrar uma posição do prefeito Marquinhos Trad (PSD) sobre o impasse com a Omep (Organização Mundial pela Educação Pré-Escolar) e Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária), se vai retomar os contratos de terceirização com as duas instituições ou se optará por convocar as pessoas aprovadas em concurso.
Com 2.973 aprovados, o concurso público de 2014 atende basicamente as funções previstas nos contratos de serviços prestados pela Omep e Seleta, teve o primeiro prazo de validade inspirado em 2016 e depois prorrogado para fevereiro de 2018.
“Estamos reclamando porque já deveríamos ter sido chamados para trabalhar. A vaga do concurso já existe, eu fui aprovada. Então, por que ser contratada pela Seleta se posso exercer a mesma função como concursada? Ao invés de contratar empresas, a prefeitura deveria chamar as pessoas aprovadas”, disse a recreadora Joana Aparecida, de 46 anos, em entrevista ao Campo Grande News depois de ser recebida pelo prefeito junto com outras duas concursadas que também aguardam serem chamadas, Vivian Barros, de 32 anos, e Caroline Ariano, de 33 anos.
Segundo ela, no encontro o prefeito anunciou que fará o que a Justiça determinar, ou seja, a retomada dos contratos com a Omep e Seleta com demissão gradativa dos servidores ou demissão de todos de uma só vez com convocação dos concursados. “Mas ele disse que, por conta da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e da folha de pagamento da prefeitura, só poderá chamar 800 dos 2.973 aprovados”, ressaltou Joana Aparecida.
De acordo com dados do movimento, 60% dos aprovados no concurso público da prefeitura, em 2014, eram funcionários da Omep ou da Seleta nas mesmas funções.
“Tem três anos que fiz esse concurso e ainda estou aguardando ser chamada pela prefeitura”, lamentou Vivian Barros. Já Caroline Ariano lembrou que os trabalhadores da Omep e Seleta foram simplesmente demitidos por decisão da Justiça e ficaram sem receber seus direitos trabalhistas. “Eu trabalhava na Omep, e se estivesse lá como concursada não teria passado o final de ano sem dinheiro”, comentou.