Árbitro de MS descobre câncer no intestino durante cirurgia para apendicite

“O que era para ser uma cirurgia de 30 minutos, acabou durando quatro horas”, conta o árbitro de handebol André Luiz Morisson Fernandez, de 48 anos, que teve um câncer no intestino grosso descoberto durante uma cirurgia de apendicite. Atualmente, ele enfrenta outro câncer, desta vez nos ossos da coluna, na região lombar.

André é árbitro da FHMS (Federação de Handebol de Mato Grosso do Sul) e sempre foi uma pessoa ativa, com uma rotina voltada à prática de esportes.  No entanto, há cerca de nove meses começou a sentir dores abdominais. “Eu sentia ânsia de vômito e tinha diarreia. Fui ao pronto-atendimento do hospital umas cinco vezes, com o estômago inchado e muita dor. Fiz exames de sangue, mas nada aparecia”, relata.

Em 26 de julho, após a realização de uma tomografia abdominal no Hospital do Coração de Mato Grosso do Sul, os médicos identificaram uma inflamação no apêndice. André foi internado e, no dia seguinte, passou pela cirurgia de apendicite. “Às 8h da manhã do dia 27, fui para a mesa de cirurgia”, relembra.

Foi durante o procedimento que os médicos descobriram que a apendicite havia sido provocada por um câncer no intestino. “Quando o doutor abriu para tirar o apêndice, notou um tumor maligno no intestino. O que era para ser uma cirurgia de 30 minutos, acabou durando quatro horas. Ele precisou remover toda a parte comprometida pelo tumor”, explica André.

Um mês depois, enquanto se recuperava da cirurgia, André começou a sentir fortes dores nas costas. Ele procurou tratamento especializado na Rede AMO da Cassems, onde novos exames revelaram uma metástase nos ossos da coluna, na região lombar. “As dores eram intensas, nem morfina resolvia”, conta.

Com o avanço da doença, André precisou implantar um cateter para quimioterapia, o Port-A-Cath, que facilita a infusão dos medicamentos de maneira segura e com menos dor. O tratamento inclui um dia no hospital, onde ele recebe quatro bolsas de quimioterapia em um período de quatro horas, e leva uma quinta bolsa para casa, onde o medicamento é administrado por 48 horas.

Na primeira sessão de quimioterapia, André teve uma convulsão e precisou ser levado de ambulância ao hospital, onde foi entubado e ficou desacordado por dois dias. Após 14 dias de internação, ele se recuperou e conseguiu seguir com o tratamento. Na próxima segunda-feira (30), ele passará pela terceira rodada de quimioterapia.

Durante o período em que esteve entubado, a família de André enfrentou gastos adicionais com suplementação, exames e equipamentos médicos não cobertos pelo plano de saúde. Em solidariedade, amigos de longa data organizaram uma vaquinha virtual, com o objetivo de arrecadar 90 mil reais. A iniciativa foi liderada por Elaine do Carmo, amiga de infância de André.

“O meu trabalho tem me ajudado muito, mas essa vaquinha é para cobrir os custos extras. O câncer sempre traz um impacto financeiro a mais”, afirma André.

Já a amiga do árbitro, Valdinéia Lopes e a noiva de André, Jaqueline Lopes, também mobilizam uma corrente de orações em apoio a ele. “Diante de tudo isso, ele tem recebido muito amor. André tem percebido coisas na vida que antes não notava”, compartilha Jaqueline.

Quem desejar contribuir com a vaquinha pode fazer doações de qualquer valor na página da campanha, que pode ser acessada neste link. A família e os amigos também pedem orações para André.

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