Assassinado por enteado era conhecido por trabalho com ex-vereador por 8 anos

Morto a tiros na noite do último domingo  (14), José Ricardo Ferreira, 48 anos, trabalhou com o ex-vereador e apresentador de televisão Vanderlei Cabeludo por aproximadamente 8 anos. O autor do crime, enteado da vítima, Jair de Britto Ferreira Junior, 23, conhecido como Juninho, segue sendo procurado pela polícia.

Ao Campo Grande News, Vanderlei afirmou que José era como um irmão para ele, inclusive, estiveram juntos na terça-feira (9) e que foi uma perda muito grande. “Ela era um irmãozão para mim, meu parceiro mesmo. Trabalhou comigo, era meu motorista. Não tenho palavras para expressar. Era um cara sem comentários. Ele trabalhou comigo uns oito anos”, disse Cabeludo.

“Ele era um cara muito honesto, tinha muitos amigos. Era muito querido. É como se tivesse perdido um irmão. Ele nunca me deixou, nos falávamos todos os dias. Ele esteve na minha casa semana passada. Eu tinha total confiança nele, tinha acesso livre na caminha casa. Um grande irmão mesmo. Era meu parceiro do dia a dia”, pontuou o vereador após o sepultamento de José.

Assassinato - No fim da tarde do domingo, Juninho discutiu com o padrasto José Ricardo Ferreira, de 48 anos, e o matou a tiros. De acordo com as informações apuradas pela reportagem do Campo Grande News, José estava em casa, na Rua Mestre Estanislau Pannatier, Jardim Monumento, acompanhado da família, onde ingeria bebidas alcoólicas.

No local, estavam a esposa dele, Juninho e outra enteada de José. Em determinado momento, José e Juninho se desentenderam. Uma testemunha contou que Juninho "deu umas porrada" no padrasto, deixou a casa e retornou armado. Na sequência, realizou vários disparos contra a vítima, que foi ferida por três deles, sendo dois na cabeça e um no tórax.

José chegou a ser levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário pelos próprios familiares, mas não resistiu. A mãe do suspeito teve um deslocamento de articulação no braço, quando tentava evitar a tragédia. Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada à Santa Casa.

Ficha - Segundo a denúncia do Ministério Público, Juninho já tem passagem por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo. Em fevereiro de 2021, ele e o comparsa, Gabriel Antônio Arcanjo Barbosa, o "Panela", de 22 anos, mataram Marcelo Aparecido Crispim, 38, com seis tiros, no Jardim Colibri. Na época, o crime ocorreu após discussão.