Bebê engasga com peça de carrinho de brinquedo e é salvo por policial de folga
Caso aconteceu na manhã de ontem (14) no bairro Mato do Segredo em Campo Grande
O que era para divertir, quase foi o motivo de tragédia para uma família do Bairro Mata do Segredo, em Campo Grande. Um bebê de apenas oito meses engasgou com o volante de um carrinho de brinquedo com mais de dois centímetros e chegou a ficar inconsciente, pois não conseguia respirar.
O caso aconteceu na manhã de ontem (14), por volta das 10h, e quem o conta é o cabo da Polícia Militar Sidinei Barbosa, que usou o conhecimento adquirido na corporação para ajudar a salvar a vida do recém nascido.
“Estava arrumando o telhado de casa naquela manhã quando de longe vi um menino correndo. Ele tava batendo de porta em porta e ninguém o atendia, mas quando chegou na minha resolvi ver o que era”, relata o policial.
Segundo Sidnei, o garoto chorava muito, mas conseguiu dizer que seu sobrinho tinha engasgado com um brinquedo e estava morrendo. “O menino pediu para que eu levasse o sobrinho para o hospital de carro. Mas, pela experiência eu sabia que se estava engasgado o bebê não aguentaria chegar até uma unidade de saúde”, diz.
Após o raciocínio, o cabo pediu para que o adolescente o levasse até onde o recém-nascido estava e depois de correr algumas quadras, no bairro que ainda possuí poucas moradias, Sidinei se deparou com uma cena chocante.
“A mãe estava desesperada com o bebê nos braços. Ele estava roxo e não conseguia respirar. Lembrei do meu treinamento sobre primeiros socorros, virei o bebê quase de cabeça para baixo e soquei suas costas com o punho fechado para tentar fazê-lo desengasgar”, descreve o militar.
Corrida pela vida - Em seguida, o choro do bebê soou como um breve alívio para todos, pois como o recém-nascido ainda não tinha cuspido o volante de brinquedo, ali se iniciava uma corrida pela vida.
“Outro vizinho de aproximou e ofereceu seu carro para levarmos o bebê ao hospital. O caminho deve ter durado cerca de 10 minutos, que foram os mais longos da minha vida. Tudo que eu pensava era que não podia perder aquela vida”, detalha Sidnei.
No caminho, conforme o militar, o recém-nascido parou de respirar pelo menos mais três vezes onde ele tornou a repetir o procedimento de socar as costas para lhe dar tempo de chegar até uma unidade de saúde. “A mãe chorava muito, porém eu estava otimista de que iríamos conseguir e foi o que aconteceu”.
Todos chegaram a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, onde o bebê recebeu atendimento e médicos conseguiram retirar a peça do brinquedo de sua garganta.
Sensibilidade – De lá pra cá, o policial militar que ainda não é pai diz que só consegue refletir de como a vida do ser humano é frágil. “Era apenas uma pecinha, que deveria ser para divertir. Fui no mesmo dia visitar meus sobrinhos e os abracei. Em nove anos como policial militar nunca tinha enfrentado uma situação como esta”, afirma.