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Capital

Bernal mantém Sírio Libanês e descentralização fica na “promessa”

Michel Faustino e Alan Diógenes | 09/10/2015 18:33
Bernal ao lado do secretário de saúde Ivandro Fonseca durante lançamento do projeto de reestruturação do atendimento pediátrico. (Foto: Marcos Ermínio)
Bernal ao lado do secretário de saúde Ivandro Fonseca durante lançamento do projeto de reestruturação do atendimento pediátrico. (Foto: Marcos Ermínio)

O prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP) anunciou na tarde de hoje (09), durante apresentação do projeto de reestruturação da atenção pediátrica, que o Cempe (Centro Pediátrico Municipal), que funciona no prédio do hospital Sírio Libanes, na avenida Afonso Pena, deve permanecer aberto por pelos menos quatro menos. Bernal reconheceu que o funcionamento da unidade, que custa ao município cerca de R$3 milhões por mês, é inviável, no entanto, a reestruturação nas demais unidades é necessária para receber o fluxo de atendimentos.

De acordo com o prefeito, o Governo Federal liberou R$25 milhões, para serem utilizados na reestruturação da atenção pediátrica da Capital. O processo deve durar entre 60 e 90 dias.

Segundo Bernal, nos próximos quatro meses, as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) do Santa Mônica, Leblon e Moreninhas, devem ser concluídas e adaptadas para prestar o serviço e atender as microrregiões e municípios próximos da Capital.

As UPAs Vila Almeida, Universitário, e Coronel Antonino também devem receber melhorias para atender os serviços de urgência e emergencial com atendimento pediátrico 24h.

Foi anunciado ainda que os leitos neonatais no Hospital Universitário e da Maternidade Cândido Mariano, serão ampliados, e os profissionais passarão por curso de atualização profissionalizante. Nos próximos meses deve ser aberto processo para contratação de mais 80 pediatras.

Cempe - Inaugurado em outubro de 2014 pelo então prefeito Gilmar Olarte (PP), o Centro Pediátrico Municipal centralizou, literalmente, o atendimento de pediatria na Capital. A ação gera muita polêmica desde então, principalmente porque desrespeita os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, que preconiza a descentralização dos serviços de saúde, levando o atendimento aos bairros das cidades, para facilitar o acesso das pessoas mais necessitadas.

Seguindo esses critérios, o Conselho Municipal de Saúde não deu autorização para o funcionamento do local. Com isso, o Ministério da Saúde não aportou investimento na manutenção do Cempe, ficando toda a despesa por conta do município. Conforme o secretário de Governo Paulo Pedra, cerca de R$ 3 a R$ 3,5 milhões mensais.

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