Bióloga com bebê internado em UTI sofre à espera de especialista na Santa Casa

A bióloga Jéssica Loyola Guimarães, de 39 anos, vive o drama de ver seu bebê recém-nascido precisando de especialista em cardiologia neonatal e receber a informação de que não há profissional na Santa casa de Campo Grande, apesar de o hospital ser credenciado como referência no assunto. Ela contou que morava em Natal e se mudou para Campo Grande já na reta final da gravidez somente após receber a garantia de aqui haveria o serviço especializado na rede pública.

Jéssica contou que o bebê, Paulo, nasceu ontem, com 775 gramas. A prematuridade já era uma possibilidade, conta, uma vez que o filho tinha sido diagnosticado com cardiopatia durante o pré-natal. Segundo ela, somente após o nascimento, com a realização de um ecocardiograma, seria possível identificar a doença e os cuidados necessários.

A mãe revelou que os médicos que a atenderam informaram que o neném está entubado, recebendo medicação para estabilizar a pressão, mas avançar nos cuidados exige o atendimento de um especialista. Eles teriam se revelado “de mães atadas”. Desde ontem convivendo com a incerteza se seu filho terá esse atendimento, mesmo operada da cesariana, ela deixou o quarto e foi ao SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão) hoje para pedir ajuda.

Jéssica conversou com a reportagem no fim da tarde e ainda aguardava uma resposta. “Eu preciso fazer alguma coisa, não posso esperar meu bebê morrer”, relatou, revelando seu desespero. Ela contou que a mãe a acompanha no hospital.

A reportagem do Campo Grande News tentou contato com a assessoria de imprensa da Santa Casa, mas não obteve resposta. Acionada, a Secretaria Municipal de Saúde solicitou o contato da mãe e já estava em comunicação com ela para ver como ajudar. Havendo informações sobre o atendimento, a matéria será atualizada.