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Capital

Buraco provoca morte de motociclista e moradores temem novos acidentes

Flávia Lima e Natalia Yahn | 17/01/2016 09:00
Para evitar mais acidentes, Divaldo cobre bueiro aberto com lona. (Foto:Gerson Walber)
Para evitar mais acidentes, Divaldo cobre bueiro aberto com lona. (Foto:Gerson Walber)
Buraco no Jardim Sayonara, onde motociclista perdeu a vida. (Foto:Gerson Wlaber)
Buraco no Jardim Sayonara, onde motociclista perdeu a vida. (Foto:Gerson Wlaber)

O delegado plantonista da Depac Centro (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), Enilton Zalla, afirmou que a causa da morte do motociclista Romildo Jacinto Estruquel, 42 anos, foi a queda sofrida após cair em um buraco na Rua Pirai, próximo a Avenida Duque de Caxias, no Jardim Sayonara, em Campo Grande.

Ele pilotava uma Honda CG 150 e seguia pela Avenida Julio de Castilho, que fica na região do acidente e ao entrar na rua Piraí não observou o buraco e perdeu o controle da moto.

O delegado ressaltou que o motociclista morreu na hora. O acidente aconteceu por volta das 2 horas deste domingo (17).

De acordo com moradores da região, o local onde Romildo caiu está repleto de crateras e oferece riscos a quem não conhece o bairro.

O casal Divaldo da Silva, 53 e Edna Bispo, 42, que mora no Jardim Aeroporto e sempre caminha pelo local, conta que semana passada, durante as chuvas, a filha também ficou presa com a moto em um buraco próximo ao que provocou o acidente de Romildo.

“Tenho medo porque minha filha também tem moto e quando chove a rua vira um rio e não dá para ver as crateras”, afirma.

Para auxiliar os motoristas e evitar acidentes, Divaldo revela que procura sinalizar com galhos e caixas os buracos que encontra na rua. Ele chegou a providenciar uma lona para cobrir um bueiro que teve a tampa quebrada. “Tenho medo de andar por aqui, por isso fico atento”, ressalta.

Apesar de ter iniciado no final do ano a operação tapa-buraco, a prefeitura tem encontrado dificuldade para executar os trabalhos devido ao período de chuvas. Com isso, os acidentes envolvendo motos e veículos tem sido constantes  nas vias da Capital.

De acordo com a Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), na primeira semana de janeiro foram tapados apenas 2.600 buracos em Campo Grande, com utilização de 300 toneladas de massa asfáltica. Em novembro, foram fechados 11.923 buracos, com utilização de 900 toneladas de CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente) em 7.400 metros quadrados. Em dezembro, conforme a secretaria, foram 21.700 buracos tapados.

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