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Capital

Caixa vai exigir da Homex solução de pendências em condomínio na Capital

Lidiane Kober | 13/08/2013 17:29
Superintende da Caixa disse que vazamento de esgoto e problemas físicos nas casas serão resolvidos (Foto: João Garrigó)
Superintende da Caixa disse que vazamento de esgoto e problemas físicos nas casas serão resolvidos (Foto: João Garrigó)

Em reunião com a direção da Homex, nesta quarta-feira (14), em Brasília, a Caixa Econômica Federal vai exigir da construtora solução para o vazamento de esgoto e reparos em rachaduras de pelos menos 52 casas em Campo Grande. A empresa mexicana quebrou sem terminar a construção de três mil unidades habitacionais e a Caixa deve assumir a conclusão de 272 residências vendidas.

Nesta terça-feira (13), o superintendente da Caixa, Paulo Antunes Siqueira, foi à Câmara Municipal para relatar o andamento das negociações com a Homex. Ele garantiu aos vereadores que os moradores não vão sair no prejuízo. “Vamos viabilizar ações para ninguém ser prejudicado”, assegurou.

Das três mil casas, a empresa só conseguiu vender 700, das quais não entregou 272. Por isso, a Caixa decidiu acionar seguro da Homex, no valor de R$ 3,3 milhões, para garantir aos moradores a entrega da residência. “A expectativa é gastar R$ 1,6 milhão e entregar as casas em até 60 dias”, avaliou Paulo Antunes.

A previsão, no entanto, depende da empresa, que pode acionar a Justiça para recuperar o controle da obra. “Isso também passará pela reunião de amanhã com a direção internacional da Homex. Vamos buscar saber se a empresa tem interesse em continuar no município”, acrescentou o superintende da Caixa.

Para o vereador Alceu Bueno (PSL), presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara Municipal, a Homex não entregará os pontos. “Eles só ocuparam 25% do terreno que compraram e têm R$ 3,3 milhões na Caixa”, ponderou. “Não vão querer perder esse patrimônio”, emendou. Do total, cerca de R$ 1,6 milhão seriam repassados para nova construtora assumir a conclusão das casas vendidas, no caso de a empresa confirmar desistência da obras.

Escola - O vereador, inclusive, avalia que esse é o melhor caminho para solucionar o problema. “Assim vamos garantir que eles resolvam o vazamento do esgoto, as rachaduras nas casas e as benfeitorias no condomínio, como escola e centro comunitário”, justificou.

Sobre a escola, Paulo Antunes frisou que a Caixa não assumirá nenhuma responsabilidade. Por isso, os vereadores planejam pedir ajuda do prefeito Alcides Bernal (PP). “Ele pode apresentar projeto para conseguir recursos federais a fundo perdido para assumir a obra e abrir vagas a moradores da região”, sugeriu. Segundo Bueno, 60% do colégio está pronto e foi feito para abrigar mais de 3,3 mil alunos.

CPI – Questionado se a Câmara ainda cogita instalar CPI da Homex, o vereador informou que a comissão deu mais 45 dias para a Caixa e a empresa resolverem as pendências. “Resolvemos dar esse crédito, mas, se nesse prazo os problemas persistirem, vamos abrir a investigação”, disse Alceu Bueno.

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