Camelódromo reabre as portas com as cicatrizes do incêndio e sensação de alívio
Na ala afetada pelo fogo, o cheiro de queimado e as marcas das chamas ainda persistem nesta Quarta de Cinzas
Após o incêndio que devastou seis boxes no último domingo, o Camelódromo reabriu suas portas aos clientes na tarde desta Quarta-feira de Cinzas. Na ala afetada pelo fogo, o cheiro de queimado e as marcas das chamas persistem, enquanto equipes finalizam a limpeza no que restou dos boxes.
Os comerciantes das lojas próximas ao local do incêndio estão gradualmente retomando suas atividades, ainda incertos sobre o fluxo de clientes que costumava ser intenso nos corredores. Nos próximos dias, eles observarão como será o movimento, mas, no geral, sentem alívio pelo fato de as chamas não terem se espalhado, evitando que a tragédia se transformasse em algo mais grave.
"O prejuízo foi mínimo aqui. A minha loja, apesar de estar próxima, não foi afetada. Assim como todo esse lado, então a gente vai avaliar agora o retorno esta semana. Estamos acabando de abrir. Juntou o feriado, então a gente vai avaliar essa semana, mas eu acho que o impacto vai ser mínimo. Estamos meio sem expectativa, vendo o que vai ser", comentou Felipe Ricchetti, 43 anos, proprietário de um box de manutenção de celular.
Mesmo não tendo seu espaço atingido pelo fogo, o empresário André da Costa Maciel, 43 anos, que há um ano possui uma loja de equipamentos táticos e de segurança, estima um prejuízo de aproximadamente R$ 7 mil devido a intensidade do calor que danificou parte do estoque.
"Alguns artigos militares derreteram com o calor da porta. Na verdade, o fogo não chegou a atingir aqui para dentro, mas o calor foi muito intenso mesmo. A porta fechada derreteu os artigos que estavam aqui na parede. Digamos assim, eu fui o menos prejudicado. Calculei mais ou menos uns R$ 7 mil. O balcão foi danificado, os acabamentos também. Eu tirei tudo para fazer a limpeza", disse o empresário aliviado.
Entre os clientes do Camelódromo, há quem não tinha conhecimento do ocorrido. O professor de educação física Túlio Martins, 30 anos, lamentou o incidente, mas ressaltou que o problema localizado em uma parte específica não interfere nos clientes.
"Vim fazer compras em um lugar específico, entrei e vim direto. Não sabia que tinha pegado fogo ou se teve algum ferido. Mas pós-incêndio não interfere em nada se não tiver fuligem", opinou.
Segundo o presidente da Associação de Vendedores do Camelódromo, Narciso Soares, o reparo na fiação foi finalizado na terça-feira (13), o material queimado também já foi retirado, restando apenas a limpeza final nesta quarta-feira.
Caso - O incêndio, que começou por volta das 16h30 de domingo (11), destruiu seis boxes e causou um prejuízo estimado em mais de R$ 40 mil. O Corpo de Bombeiros avalia preliminarmente que não foi proposital, já que nenhum dos boxes atingidos possui sinal de arrombamento.
A suspeita é que o superaquecimento e explosão do carregador de um celular ou notebook conectado à tomada tenha dado início às chamas. Até o momento, não há confirmação da origem do fogo após a perícia realizada na manhã de segunda-feira (12).
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