Camelódromo reforça segurança para evitar venda de celulares roubados
Para garantir que pessoas não consigam vender celulares e outros eletrônicos roubados o Camelódromo de Campo Grande conta com profissionais de segurança capacitados e um centro de monitoramento que recebe imagens das câmeras espalhadas pelo local.
Isso porque, o intenso fluxo de pessoas que passa pelo centro comercial acaba facilitando a ação de pessoas que “querem se dar bem” ao vender esse tipo de mercadoria ilícita. A questão foi levantada depois que um homem foi preso na noite de sexta-feira (27) quando tentava vender um celular que tinha roubado horas antes perto do Shopping Norte Sul.
De acordo com o vice presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes de Campo Grande, Gabriel Gomes de Sá, 62, são 22 seguranças, de uma empresa autorizada pela Polícia Federal que atuam no camelódromo. “São oito por turno. Mas, claro que temos que admitir que não conseguimos controlar a entrada e saída de todas as pessoas, devido ao intenso fluxo que passa pelo local. Porém, os próprios comerciantes estão orientados a denunciarem quando verem qualquer tipo de situação suspeita”, ressalta o vice presidente, que ainda destacou que reuniões periódicas são realizadas e chegam a contar com a presença de autoridades policiais. “É imprescindível que toda mercadoria que seja vendida aqui tenha procedência confirmada”, afirma.
Quem reforça a afirmação do vice presidente é o chefe da segurança do camelódromo, Amarildo Alves, 49 anos, que disse que “eles não irão passar a mão na cabeça de ninguém que estava praticando algo, como a vende de produtos roubados, no local”. “A partir do momento em que tomamos ciência do fato, acionamos a prefeitura, uma equipe vem ao local e se encontrar qualquer mercadoria suspeita o Box do comerciante em questão será lacrado e um procedimento administrativo é instaurado”, enfatiza.
Entretanto, embora o camelódromo conte com o elaborado sistema de segurança o chefe disse que casos como o do homem preso tentando vender um celular roubado são “raros”. “Claro que não podemos ficar ao lado de cada Box pra acompanhar as transações comerciais, porém não recebemos muitas denuncias”, revela.
E as orientações também partem dos próprios comerciantes do local, que alertam as pessoas que estão em busca de algo mais barato que desconfiem quando a “esmola é muita”. É o que afirma o comerciante do ramo de manutenção de celulares, Fernando de Assis Menezes, 29 anos, que reconhece que o controle da venda de produtos dessa natureza é difícil. “Sou diariamente procurado por pessoas que compram celulares usados pela internet e depois de um tempo eles são bloqueados pelas operadoras pela falta de pagamento. Pois, quem o vende deixa de pagar a conta, o passa para frente antes que ele seja bloqueado e quem o compra é prejudicado. Isso sem mencionar os que de fato são roubados”, explica.