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Capital

Caminhão de depósito da família de ex-vereador assassinado é incendiado

O ex-vereador foi assassinado em setembro do ano passado e dois meses depois três suspeitos foram presos pelo crime

Guilherme Henri e Bruna Kaspary | 17/10/2017 12:16
Caminhão incendiado estava estacionado na Vila Margarida (Foto: Marina Pacheco)
Caminhão incendiado estava estacionado na Vila Margarida (Foto: Marina Pacheco)

Um caminhão que pertence a empresa do ex-vereador Alceu Bueno, assassinado no ano passado, foi incendiado na madrugada desta terça-feira (17), por volta das 2h30, na rua China, no bairro Vila Margarida, em Campo Grande.

De acordo com a Polícia Civil, o veículo Ford Cargo, estava estacionado em frente a casa do motorista da empresa identificado como Janio César Oliveira, 38 anos.

Ele conta à polícia que deixou o caminhão no local por volta da 0h e de madrugada ouviu o barulho de uma explosão.

Ao verificar do que se tratava, o motorista viu o caminhão em chamas e acionou o Corpo de Bombeiros.

O que chama a atenção, conforme registro policial é que a rua foi interditada com toras de madeira. A suspeita do motorista é que a interdição foi feita por quem ateou fogo no veículo e queria dificultar o acesso dos bombeiros.

Ex-vereador Alceu Bueno foi assassinado em setembro do ano passado (Foto: Arquivo/Marcos Ermínio)
Ex-vereador Alceu Bueno foi assassinado em setembro do ano passado (Foto: Arquivo/Marcos Ermínio)

Segundo o Corpo de Bombeiros, foram necessários três militares e cerca de 2.500 litros de água para apagar o fogo.

O caso foi registrado na 3ª DP (Delegacia de Polícia). O Depósito Bueno, fica na avenida Coronel Antonino - região norte da Capital.

Investigação – O Campo Grande News tentou contato com o delegado da 3ª DP que deve tocar as investigações, no entanto, não foi atendido.

Motorista – De acordo com a esposa do motorista, Eteovina Lescano, 42 anos, não era rotineiro o marido deixar o caminhão em frente a casa do casal, no entanto, chegou tarde de uma entrega ontem e o depósito já estava fechado. “Ele iria viajar a trabalho às 5h”, comenta.

Questionada, a mulher acredita que o incêndio se trate de vandalismo e não tenha ligação com o assassinato do ex-vereador.

Kátia, Elpídio e Josian, presos apontados como responsáveis pela morte do ex-vereador Alceu Bueno (Foto: Alcides Neto)
Kátia, Elpídio e Josian, presos apontados como responsáveis pela morte do ex-vereador Alceu Bueno (Foto: Alcides Neto)

Assassinato – O corpo do ex-vereador foi encontrado no dia 20 de setembro do ano passado. Bueno teria passado o dia todo na empresa dele e, conforme a família disse à polícia, o empresário e ex-vereador deixou o depósito por volta das 21h30, horário que também foi feito o último contato com ele, por telefone. Ele foi morto por estrangulamento.

Na época, a polícia acreditava que o local onde o corpo foi encontrado - no Parque dos Poderes - foi utilizado só para a desova, sendo lá também onde Bueno foi carbonizado. 

O veículo de Alceu, um Land Rover Freelander 2, só foi encontrado três dias depois, em Ponta Porã – a 323 km de Campo Grande. O utilitário estava completamente queimado, o que dificultou a identificação de imediato.

Prisão – No dia 28 de dezembro do mesmo ano, foram presos uma mulher e dois homens suspeitos de terem matado o ex-vereador de Campo Grande.

Caminhão ficou completamente destruído em incêndio (Foto: Marina Pacheco)
Caminhão ficou completamente destruído em incêndio (Foto: Marina Pacheco)
Cabine de caminhão onde fogo se iniciou (Foto: Marina Pacheco)
Cabine de caminhão onde fogo se iniciou (Foto: Marina Pacheco)

Eles foram identificados como Katia de Almeida Rocha, 24 anos, namorada de ElpídioCesarMacena do Amaral, 26, e Josian Edson CuandoMacena, 21 anos.

Conforme depoimentos dos suspeitos na época da prisão, a vítima teria sido atraído por Kátia Rocha, com quem mantinha um relacionamento, para a casa onde ela morava no bairro Jardim Seminário na noite do delito. No local, os outros dois, Elpídio Cesar Macena e seu sobrinho Josian Cuando Macena, os esperavam.

Antes de irem à casa, porém, os dois foram a uma lanchonete, onde Kátia percebeu que Alceu estava com bastante dinheiro e avisou seus comparsas. Eles então foram à casa esperar por eles de tocaia em um quarto.

Quando os dois entraram no quarto, Josian, com um martelo, e Elpídio, com uma tábua de carne, deram diversos golpes na cabeça de Alceu Bueno, que não morreu prontamente e agonizava bastante. Para finalizar o serviço, os assassinos usaram a alça da bolsa de Kátia e estrangularam a vítima.

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