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Capital

Campo-grandenses falam de caos e correria após início do fogo em loja

Gabriel Neris | 08/05/2013 08:22
Bombeiros tiveram dificuldades para apagar incêndio na Planeta Real, no Centro (Fotos: João Garrigó)
Bombeiros tiveram dificuldades para apagar incêndio na Planeta Real, no Centro (Fotos: João Garrigó)
Curiosos aproveitaram para registrar incêndio em máquinas fotográficas e aparelhos celulares
Curiosos aproveitaram para registrar incêndio em máquinas fotográficas e aparelhos celulares

Três e meia da tarde de terça-feira (7), Centro. O fluxo do trânsito na Afonso Pena é intenso entre os veículos, mas se torna intrafegável. A principal avenida de Campo Grande é tomada por gritos de histeria, os curiosos se somam nas ruas e calçadas para acompanhar de perto o incêndio na loja da Planeta Real.

O Corpo de Bombeiros é acionado e chega precisando de reforço. Defesa Civil, Polícia Militar, Guarda Municipal, Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), e helicóptero somados para combater as chamas que tomaram conta da loja. O caos estava instalado.

O Centro de Campo Grande parou para acompanhar o incêndio durante a tarde de início de semana.

Nas ruas e calçadas a multidão se aglomerava para assistir a luta dos bombeiros, mas também aproveitava para guardar no celular o registro da fumaça que deixava o prédio do Planeta Real e das Casas Bahia. Era possível ver o incêndio de gigantescas proporções de qualquer canto da cidade.

A primeira medida tomada pela Enersul, também chamada para o incêndio, foi desligar a energia na quadra.

Na loja de celulares da Tim, localizada no cruzamento da Afonso Pena com a rua 14 de Julho, três clientes eram atendidos quando foram surpreendidos. “Houve gritaria. Fui lá saber o que estava acontecendo, no salão de cabeleireiro um exaustor ficou em labaredas”, conta o funcionário da loja Douglas Santos, de 23 anos.

Guardas municipais tentavam isolar a área, com a ajuda da Polícia Militar, por vezes até truculenta. “Não vi nada igual isso aqui”, diz Douglas.

Marcel Sérgio Fernandes, de 45 anos, proprietário de uma lanchonete ao lado da Casas Bahia, conta que havia uma funcionária da Planeta Real desesperada à procura de um extintor de incêndio. “Aí nós vimos o tamanho da gravidade”, comenta.

Multidão se aglomera na avenida Afonso Pena
Multidão se aglomera na avenida Afonso Pena
Fumaça era vista de longe por motoristas no Centro
Fumaça era vista de longe por motoristas no Centro

A loja de salgados vendia bem, mas o incêndio obrigou os comerciantes a fecharem as portas.

“Hoje era um dos melhores dias, recorde de venda. Tinha passado 30% da venda normal do dia”, calcula Edson Santana, de 45 anos, sócio de Marcel. “Se pensar em faturamento é tarde perdida, no entanto ganhamos nós que não fomos atingidos”, completa.

O primeiro caminhão dos bombeiros que chegou a frente ao Planeta Real não tinha água. Foi preciso ajuda de outros caminhões-pipas.

“Os bombeiros foram heróis, apagaram o fogo na mão. Olha o tanto de caminhões para ajudar. Merecem o mérito, que isso sirva de lição. Nesse momento o que a gente vê a precariedade da Capital”, cobra Marcel.

O incêndio desta terça-feira estará na memória de comerciantes e de aparelhos móveis da população.

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