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Capital

Candidato diz que agressão à esposa foi "mal-entendido"

Em nota, Jorge Batista (PCO) não nega claramente a agressão e ainda pede desculpas às mulheres

Por Lucas Mamédio | 30/08/2024 18:46
Jorge Batista da Silva é candidato a prefeito em Campo Grande pelo PCO (Foto: Divulgação)
Jorge Batista da Silva é candidato a prefeito em Campo Grande pelo PCO (Foto: Divulgação)

O candidato a prefeito por Campo Grande, Jorge Batista da Silva do PCO (Partido da Causa Operária), de 70 anos, divulgou uma nota dois dias após sua companheira, uma educadora física de 56 anos, pedir medida protetiva contra ele. Segundo posicionamento oficial, o que houve foi um "tremendo mal-entendido".

"Jorge Batista consternado com a situação e de profunda tristeza, declara que o ocorrido foi um tremendo mal-entendido por ambas as partes de seu relacionamento conjugal, sendo formalmente declarado entre as partes envolvidas", diz trecho nota.

Em nenhum momento da nota Jorge negou claramente a agressão e ainda pediu desculpas às mulheres. "Mesmo nesta retratação, pede desculpas aos seus eleitores, a todas as mulheres campo-grandenses e a toda sociedade, declarando assim, seu respeito a opinião pública".

Por fim, Jorge diz que vai continuar com a campanha. "Declara ainda que diante desta situação, continuará sua campanha à Prefeitura de Campo Grande-MS, sendo de vital importância para a sociedade civil e o estado democrático de direito", finaliza.

Agressão - A vítima contou à polícia que o marido a agrediu com tapas no rosto e tentou esganá-la, apertando o seu pescoço. O político nega que tenha agredido a esposa. Segundo a vítima, que registrou boletim de ocorrência na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), na manhã de ontem, o marido chegou em casa já alterado. Houve discussão e, na sequência, a agressão. “Imediatamente fui à delegacia registrar boletim de ocorrência e solicitar medida protetiva”, disse.

Ainda conforme a mulher, vive com Jorge há quase quatro anos e esta não foi a primeira vez que foi agredida pelo companheiro. “Em outra ocasião, já pedi medida protetiva contra ele. Não vou permitir que homem nenhum bata em mim”, contou. Na medida protetiva, a educadora física pede que o marido se afaste de casa e mantenha distância dela, de seus familiares e de testemunhas.

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