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Capital

Caos na emergência faz secretário de Saúde cancelar viagem a Cuba

Edivaldo Bitencourt e Aline dos Santos | 10/08/2013 10:23
Segundo Bernal, secretário decidiu não viajar. (Foto: Marcos Ermínio)
Segundo Bernal, secretário decidiu não viajar. (Foto: Marcos Ermínio)

A situação de calamidade na saúde pública de Campo Grande, que já resultou na morte de duas pessoas e até na transferências de pacientes para o interior do Estado, levou o secretário municipal da área, Ivandro Fonseca, a cancelar a viagem de 10 dias para Cuba. O prefeito Alcides Bernal (PP) tinha autorizado a ausência dele do País de hoje até o dia 19 deste mês para participar de um congresso internacional sobre dengue.

Na semana passada, duas pessoas morreram por falta de leitos na rede municipal de emergência em Campo Grande. Os pacientes aguardavam a liberação de um leito na UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Desde o fechamento do PAM (Pronto Atendimento Médico) do Hospital Universitário, a Santa Casa não tem suportado a demanda e vem transferindo, em média, 40 pacientes por dia para os postos de saúde.

Nesta semana, a Capital até pediu socorro para o município de Aquidauana, a 130 quilômetros, para internar seis pacientes no pronto socorro daquela cidade. Ontem, o Campo Grande News mostrou o drama, a angústia, a aflição e o desespero dos doentes nos postos de saúde. Teve paciente que precisava ser internado e voltou para casa numa cadeira de rodas.

Ivandro vem evitando falar com a imprensa sobre o caos no setor. No entanto, ele estava de malas prontas para participar de um congresso internacional sobre Dengue. Hoje, o prefeito afirmou que a viagem foi suspensa por uma decisão pessoal do secretário. Ele desistiu em decorrência da gravidade no setor.

Bernal até ressaltou que considerava importante a participação de Ivandro Fonseca no evento, mas respeita a decisão do titular da Secretaria Municipal de Saúde.

Nesta semana, o coordenador do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Luiz Antônio Tonhão, chegou a afirmar, no Facebook, que a população da Capital estava “fú..” se precisasse de atendimento de urgência e emergência, porque não havia leito nem na rede particular. Ele chegou a citar que até milionários ou o governador não teriam onde ser atendidos.

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