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Capital

Capital cumpre apenas 29% da meta de exames de Papanicolau

Exame preventivo é indicado para mulheres de 25 a 64 anos e detecta alterações nas células do colo do útero

Por Mylena Fraiha | 24/06/2024 16:57
Mulher é atendida em unidade básica de saúde da Capital (Foto: Divulgação)
Mulher é atendida em unidade básica de saúde da Capital (Foto: Divulgação)

De janeiro a maio deste ano, Campo Grande não conseguiu atingir a meta estipulada pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de realizar 45 mil exames de Papanicolau em suas unidades de saúde. Apenas 13.343 exames foram realizados, o que representa cerca de 29% da meta proposta para o 1º semestre de 2024.

O exame preventivo, essencial para detectar alterações nas células do colo do útero, é indicado para mulheres de 25 a 64 anos. Entretanto, a procura pelos exames foi inferior a 3 mil pacientes por mês, com exceção de abril, quando 3.006 procedimentos foram realizados.

A gerente técnica da saúde da mulher da Sesau, Esthefani Uchôa, alerta que a baixa adesão tem sido recorrente entre as mulheres da Capital. “Todos os meses disponibilizamos 9 mil exames, mas só conseguimos realizar 33% dessa capacidade”, contabiliza.

O Papanicolau é a principal estratégia para detectar lesões precocemente e diagnosticar o câncer do colo do útero antes que a mulher apresente sintomas. Depois do melanoma, o câncer do colo do útero é o que mais mata mulheres no Brasil. O Inca (Instituto Nacional do Câncer) estima 17 mil novos casos anuais da doença no país.

O exame é gratuito e está disponível em todas as 74 unidades de saúde de Campo Grande. Basta fazer o agendamento on-line por meio do site Agende Seu Preventivo, que pode ser acessado neste link. Para agendar, basta preencher o CPF, concordar com os termos do agendamento e escolher a unidade de saúde, data e horário.

Como funciona - Para realizar o exame a mulher fica em posição ginecológica (deitada com as pernas fletidas e entreabertas e apoiadas em suportes). Posteriormente, é introduzido na cavidade vaginal o espéculo (que é um aparelho médico em formato de bico de pato) para manter a cavidade aberta e possibilitar a visualização do colo do útero e o fundo de vagina.

Com o uso de uma espátula especial e de uma escova endocervical, é possível colher amostras do tecido uterino para analisar possíveis lesões presentes. O material é colocado em uma lâmina ou em um frasco com líquido conservante e encaminhado para o laboratório para análise.

Esthefani explica que algumas precauções são necessárias antes da realização do exame. “A paciente não deve ter relação sexual dois dias antes do exame, não deve usar duchas ou medicamentos vaginais e não deve estar menstruada”, pontua.

Importante ressaltar que mulheres grávidas podem se submeter ao Papanicolau sem prejuízo à saúde do bebê.

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