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Capital

Capital retoma toque de recolher de 0h às 5h

A medida vai durar 15 dias e pode ser renovada conforme o número de casos

Ângela Kempfer e Ana Oshiro | 25/11/2020 10:48
Guarda municipal durante abordagem em outubro, quando vigorava o toque de recolher. (Foto: Arquivo)
Guarda municipal durante abordagem em outubro, quando vigorava o toque de recolher. (Foto: Arquivo)

A prefeitura de Campo Grande deve publicar ainda nesta quarta-feira novo decreto retomando toque de recolher na Capital, de meia-noite às 5h, medida vale a partir da madrugada de sexta-feira (27). A decisão foi anunciada depois de quase duas horas de conversa com representantes do comércio. A medida vai durar 15 dias e pode ser renovada conforme o número de casos. Também serão feitas blitze educativas a partir de 1h.

O toque de recolher chegou ao fim no dia 15 de outubro na Capital. Mas desde 16 de novembro a curva da covid voltou a crescer. "Estamos nos antecipando, porque daqui 15 dias esses jovens vão contaminar os tios, pais, avós, que são mais idosos", explica o secretário de Saúde, José Mauro Filho.

Segundo a prefeitura, esse será o único decreto com nova medida restritiva em Campo Grande. Transporte coletivo, aulas e festas seguem com as mesmas regras de flexibilização;

A justificativa é de que ainda há mais de 50 leitos disponíveis para atender pacientes com covid-19 em Campo Grande. Mas a prefeitura garantiu que colocará o triplo de equipes nas ruas para fiscalizar a lotação dos comércios e cumprimento de medidas de biossegurança.

Na reunião desta quarta-feira, apenas representantes do comércio e da prefeitura participaram. Não havia nem Ministério Público, nem Defensoria, órgãos que anteriormente mostraram mobilização por medidas restritivas.

Mais cedo, ao entrar na reunião, o presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), reforçou que o comércio é contra qualquer medida mais dura neste momento. "Estamos fazendo a tarefa de casa. Nós dependemos desse dezembro para recuperar a economia. Temos uma demanda reprimida após 9 meses de pandemia. A expectativa é de aumentar em 30% as vendas. Vamos atender com muita segurança e muita tranquilidade. Estamos tentando melhorar as normas de biossegurança".

Segundo o secretário, hoje há 247 leitos de UTI ativados, mas esse número pode chegar a 332 rapidamente, de acordo com a demanda.

A Capital tem o maior índice de crescimento da doença no Estado, a lotação de UTIs chegou a 100% nos principais hospitais público e particular da cidade, o HR e o Hospital da Unimed.

Na 42ª semana de monitoramento epidemiológico, em outubro, a média móvel era de 143 novos casos em Campo Grande a cada 24 horas. Já nos últimos sete dias de medição em novembro, a Capital registra mais que o dobro, com média de 352 testes positivos ao dia, aumento de 146%.



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