Capital terá 300 novos guardas em 2022, anuncia secretário de Segurança
Segundo o secretário, os agentes serão convocados ao longo do ano e passarão por treinamentos
A GCM (Guarda Civil Metropolitana) de Campo Grande terá acréscimo de 300 novos agentes até junho de 2022. O anúncio foi feito pelo secretário Municipal de Segurança Pública, Valério Azambuja durante o 3º Simpósio de Segurança Pública Municipal, que ocorre nesta quarta-feira (15).
Hoje, a instituição conta com 1.100 agentes e, com acréscimo dos novos guardas, passará a ter 1.400, conforme preconizado por TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) celebrado entre o MPE (Ministério Público Estadual) e a prefeitura de Campo Grande.
Além disso, o secretário afirmou que os profissionais passarão por treinamentos, que compreende o manuseio de pistolas .40, já adquiridas pela corporação.
“O aumento do treinamento de capacitações, que aconteceria em agosto, teve de ser paralisado devido à pandemia de covid-19. Agora, de fevereiro a dezembro, pretendemos aumentar a cada 90 dias parte do efetivo, que passarão por treinamentos e reciclagem”, revelou Valério.
Polêmica - Em relação ao debate em torno das atribuições de polícia dos guardas municipais da Capital, o secretário afirmou que esse assunto já foi superado, pois a cidade já possui a Lei 13.060 de 22 de dezembro 2014, que regulamenta as atribuições dos agentes junto à comunidade.
"Esse debate já está praticamente superado. É claro que existe alguma resistência, em relação ao poder de polícia dos agentes municipais. No entanto, todas as corporações desse porte no País já foram incorporadas ao Susp (Sistema Único de Segurança Pública). Portanto, essa discussão nacionalmente, já está mais que superada, pois as instituições, sejam elas civis e militares, hoje, reconhecem a importância do trabalho das guardas pelo País a fora”, analisou Valério.
Outro ponto apontado pelo secretário na mudança dessa visão, é o fato de que hoje, os órgãos públicos entendem que o maior patrimônio público são as pessoas. “Não podemos nos furtar de salvaguardar a vida dos cidadãos. O que é mais importante, uma poltrona de uma repartição ou as pessoas que lá trabalham ou visitam ela?”, disse.
“Portanto, essa mudança de paradigma leva a GCM de Campo Grande ser uma referência nacional, seja pelo efetivo em relação ao número de habitantes, ou seja, pelo maquinário utilizado por ela”, argumentou Valério.
Essa visão também é compartilhada pela procuradora do Estado Comsep e membro do (Conselho Municipal de Segurança Pública), Claudia Elaine Novaes Assumpção Paniago. De acordo com a procuradora, essa discussão já está superada, pois as Forças Armadas, polícias Civil e Militar, hoje, entendem a importância das ações das guardas civis municipais.
“Cada cidade tem sua particularidade e as GCMs são as corporações mais próximas do cidadão. Hoje, os municípios entendem que essa atribuição não deve vir apenas da União e dos estados. Portanto, acredito que essas corporações vão se espalhar no Brasil afora, principalmente, nas maiores cidades brasileiras”, concluiu Paniago.