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DEZEMBRO, QUARTA  25    CAMPO GRANDE 22º

Capital

Carta vai definir destino adequado para cemitérios e aeroportos da Capital

Sem revisão há 30 anos, documento para nortear ocupação do solo tem expansão ordenada como desafio em território que pouco cresceu

Tainá Jara | 22/10/2019 19:26
Campo Grande conta apenas com um aeroporto administrado pela Infraero inaugurado há 55 anos (Foto: Divulgação/Infraero)
Campo Grande conta apenas com um aeroporto administrado pela Infraero inaugurado há 55 anos (Foto: Divulgação/Infraero)

A indicação de áreas para construção de novos cemitérios e aeroportos em Campo Grande estão entre as funções da carta geotécnica, instrumento responsável por mapear os tipos de solos, relevos e rochas pelos quais o território da Capital é composto. Revisado pela primeira vez em quase 30 anos, o documento vai impactar sobre área que cresceu pouco, mais com grandes desafios de expansão ordenada.

Território para expandir não é problema na Capital. Foram 2,5 mil hectares a mais desde a elaboração da última carta geotécnica, elaborada em 1991. Atualmente, a cidade conta com 15.445,4 hectares. “Essa expansão é considerada sútil para essas quase três décadas”, explica o diretor de planejamento ambiental da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano), Rodrigo Giansante.

A baixa ocupação do território, comparado a de outras capitais do País, é favorável quando se pensa em expansão ordenada da cidade. Verificando os problemas existentes até então e olhando para o crescimento urbano futuro, o texto do plano diretor de desenvolvimento urbano ambiental, aprovado no ano passado, criou uma espécie de zona de transição para a implantação de determinados empreendimentos.

Para se concretizar, esta área de expansão passará por diversas instâncias de normatização. Os debates para elaboração da carta geotécnica é a primeira delas. Basicamente, o uso desta área poderá ser alterado com base em justificativas técnicas plausíveis para serem incluídas no perímetro urbano da capital, evitando assim um crescimento desordenado da cidade. 

O diretor de planejamento ambiental da Planurb Rodrigo Giansante(Foto: Kisie Ainoã)
O diretor de planejamento ambiental da Planurb Rodrigo Giansante(Foto: Kisie Ainoã)
A engenheira ambiental, Bruna Saratt, participa da revisão da carta geotécnica (Foto: Kisie Ainoã)
A engenheira ambiental, Bruna Saratt, participa da revisão da carta geotécnica (Foto: Kisie Ainoã)

“A gente pensa principalmente no planejamento daqueles empreendimentos que tem grandes impactos e que não são comportados principalmente dentro da cidade”, explica Giansante.

Os aeroportos, por exemplo, seguem normas específicas para áreas de pouso e decolagem, o que exige que sejam instalados distante de prédios. Já os cemitérios, devido a decomposição de corpos e criação de necrochorume, não podem ficar em área onde o contato com o lençol freático é mais superficial.

Por estes motivos, conhecer os diferentes solos da cidade é necessário. “A ideia é que a carta geotécnica dê subsídios para auxiliar nesta ocupação, para que seja uma ocupação ordenada com base em critérios geotécnicos”, explica a engenheira ambiental, Bruna Saratt, uma das responsáveis pela revisão do documento.

A prefeitura, por meio da Planurb licitou o trabalho de rever a carta. A vencedora foi uma empresa de Mato Grosso do Sul, a Hidrosul, - por R$ 328 mil - que tem prazo mínimo de oito meses para realizar o trabalho. O grupo será composto por sete pessoas: quatro da Planurb e três da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano).

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