CDL diz que não foi contra residencial em hotel e sim cobrou transparência
Entidade diz ter estranhado afirmação de prefeito culpando pela perda de recurso para projeto no prédio fechado há 20 anos
A CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) divulgou nota nesta tarde afirmando ter visto com “estranheza” a afirmação do prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), atribuindo à campanha contra da entidade e de três vereadores o fato de a prefeitura ter sido preterida na escolha do Ministério do Desenvolvimento Regional para destinação de recursos voltados ao reuso de prédios antigos abandonados. O município candidatou-se para receber dinheiro para transformar o Hotel Campo Grande, fechado há 20 anos, em um residencial popular no Centro.
No texto, a CDL diz que “a aprovação de projetos oriundos da Prefeitura de Campo Grande é de responsabilidade exclusiva da capacidade técnica da própria Gestão Municipal e a mesma não pode se eximir de assumi-la”. A entidade afirma que nunca se posicionou contra a proposta, mas sim cobrou transparência no debate a respeito dela.
“Em todas as suas declarações públicas, a CDL sempre se posicionou favorável ao povoamento da área central, pois entende que quanto mais pessoas viverem, com qualidade de vida, na região, melhor é para o comércio”, diz o texto.
Segundo a CDL, a preocupação era com “a qualidade de vida das pessoas que poderiam viver no local”. O argumento é de que o hotel não tem estrutura para “uma habitação digna de pessoas e como o projeto não foi apresentado”.
Depois de ter dito, ontem à tarde, e hoje cedo, que o projeto não deve receber os recursos do Ministério, que se decidiu por outras cinco cidades, em nova agenda nesta terça-feira o prefeito afirmou que a proposta segue em em análise. Mas não é possível saber quando haverá nova liberação dos recursos da linha específica para o reaproveitamento de prédios públicos, chamada Retrofit.