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Capital

Cemitérios da zona rural são alvos de depredação em meio a abandono

A situação foi observada em dois cemitérios nas rodovias MS-010 e MS-040 em Campo Grande

Por Gabriel de Matos e Geniffer Valeriano | 26/10/2023 07:33
Túmulos violados e danificados no Cemitério da Comunidade Três Barras (Foto: Juliano Almeida) 
Túmulos violados e danificados no Cemitério da Comunidade Três Barras (Foto: Juliano Almeida)

A uma semana do Dia de Finados, celebrado no próximo 2 de novembro, o Campo Grande News visitou cemitérios na zona rural da Capital. A situação encontrada nos locais, às margens das rodovias MS-010 e MS-040, é de abandono e de muita depredação.

Um deles fica na Comunidade Três Barras, na saída para São Paulo. As antigas lápides, em nome de famílias com sobrenome Gonçalves, Silva, Martins, Menezes e Vieira, algumas datadas de 1940, estão com danos na estrutura, rodeados por sujeira e mato.

O cemitério é murado e fechado com portão. No entanto, não foi encontrada pessoa que administre ou algum telefone de contato. Além dos danos na estrutura dos túmulos, tem muitas garrafas de bebidas e carcaças de animais.

Anderson (no primeiro plano) e Marcílio estavam fazendo manutenção dos túmulos (Foto: Juliano Almeida) 
Anderson (no primeiro plano) e Marcílio estavam fazendo manutenção dos túmulos (Foto: Juliano Almeida)

O autônomo Anderson Antunes Vieira, de 48 anos, tem dois irmãos e a mãe enterrados nos túmulos do sítio.  Ontem, foi ao local para revitalizar a pintura e fazer limpeza no local. "Aqui cada um cuida o seu. O problema é que o pessoal acaba violando o túmulo aqui", disse.

O autônomo Marcílio Tomaz de Menezes, de 54 anos, também estava cuidando das sepulturas dos familiares. Emocionado, disse que o irmão morreu quando tinha 37 anos. Se recorda que fazia parte de dupla sertaneja, Tomaz e Menezes. "Já cantamos em rádio, em programas sertanejos e formávamos a dupla. Ele morreu há 18 anos", relembrou.

Túmulo do irmão do Marcílio Tomaz de Menezes com placa no formato de violão (Foto: Juliano Almeida)
Túmulo do irmão do Marcílio Tomaz de Menezes com placa no formato de violão (Foto: Juliano Almeida)

No outro extremo da cidade, próximo à UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), na saída para Rochedo pela rodovia MS-010, um cemitério, sem nome identificado está em situação pior que o primeiro. O local tinha muito lixo e carcaças de animais.

A reportagem contou 15 túmulos, nenhum com placa ou lápide de identificação. O local era cercado apenas por arame. Semelhante ao Cemitério das Três Barras, também tinha acúmulo de lixo: além de garrafas de bebidas de vidro e plástico, tinham calças e roupas íntimas.

A reportagem do Campo Grande News não identificou em ambos os lugares uma instituição ou pessoa que realize a administração dos locais. Por isso, não foi possível pedir esclarecimentos pelas situações.

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