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Capital

Chuva invade escola municipal e estraga kits, diz associação

Moradores estão acordados desde a madrugada tentando diminuir os impactos da chuva

Bruna Pasche | 13/02/2019 10:35
"Rampa" na porta da escola foi feita como tentativa para impedir que a água entrasse no colégio. (Foto: Henrique Kawaminami)
"Rampa" na porta da escola foi feita como tentativa para impedir que a água entrasse no colégio. (Foto: Henrique Kawaminami)

A chuva forte que castigou várias regiões de Campo Grande durante a madrugada desta quarta-feira (13), causou mais um estrago comprometendo a entrega de kits escolares para o início das aulas no Colégio Municipal Prefeito Manoel Inácio de Souza, no bairro Santo Antônio – região oeste de Campo Grande, próximo ao Aeroporto Internacional. Os moradores acordaram de madrugada para tentar impedir que a água invadisse as residências.

De acordo com o presidente do bairro, João do Nascimento, de 53 anos, ele foi avisado por uma vizinha da escola de que caixas com material escolar das crianças estariam molhadas dentro da escola. “O bairro está todo alagado e não foi diferente na escola, como sempre, mas dessa vez como os kits estavam sendo preparados para serem entregues, também foram molhados”, disse.

João contou que viu pelo menos seis caixas molhadas dentro do colégio, mas que não sabe o conteúdo delas. “Tudo começou por volta de umas 3h30, nós levantamos e fomos para a rua para abrir os bueiros, mas como o vigia estava sozinho dentro da escola, não tinha como ele tirar o material lá de dentro e só vimos agora”.

Moradores estão desde a madrugada tirando a água de dentro das casas. (Foto: Henrique Kawaminami)
Moradores estão desde a madrugada tirando a água de dentro das casas. (Foto: Henrique Kawaminami)

Uma leitora que preferiu não se identificar, contou que estudou no colégio do 5° ao 7° e que em época de chuva as aulas de educação física eram canceladas porque a quadra ficava alagada. “Lá inundava sempre que chovia e eles fizeram uma reforma com tipo uma rampa para evitar que a chuva invadisse a escola, então acho que não alaga mais lá dentro, mas o campinho de trás alaga já que não tem quase nenhum grama, é só terra praticamente. Alguns alunos também eram liberados antes porque tinha sala que caía agua dentro”, contou.

Conforme os moradores, a chuva forte durou cerca de 45 minutos e foi o suficiente para inundar as ruas do bairro. “O que precisa ser feito é a drenagem”, pontuou Nascimento. A reclamação da população em relação ao problema é recorrente e perdura há pelo menos 20 anos, segundo a aposentada Lucilena Mota, que mora no bairro há 25 anos.

Bióloga segurando um quadro que sua avó pintou, mas que também foi danificado pela chuva. (Foto: Henrique Kawaminami)
Bióloga segurando um quadro que sua avó pintou, mas que também foi danificado pela chuva. (Foto: Henrique Kawaminami)

A bióloga Carolina Ferreira, 31, disse que acordou de madrugada com a chuva e ficou durante um tempo tentando impedir que ela entrasse em sua casa, mas acabou dormindo. “Acordei umas 5h com a casa toda alagada, perdi vários quadros que a minha avó tinha pintado. Isso acontece com frequência aqui, da última vez foi em outubro que invadiu nossa casa até com lama”.

A vizinha do colégio, Sueli Barbosa, de 68 anos, acordou por volta das 3h para ‘salvar’ os móveis de casa. “Eu e meu marido começamos a erguer sofá, geladeira, para tentar evitar os estragos, desde então estamos sem dormir limpando a casa. Moro aqui há 14 anos e sempre foi assim, choveu forte, entrou água aqui”.

O Campo Grande News tentou contato com a Prefeitura para saber se de fato as caixas molhadas se tratavam de kits escolares e se as aulas foram suspensas ou não, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.

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