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Capital

Polícia encontra cofre, capuz e arma em investigação sobre 3 atentados

Vanda Escalante | 19/05/2011 11:11
Material apreendido em casas de moradores do bairro Novos Estados. (Foto: Simão Nogueira)
Material apreendido em casas de moradores do bairro Novos Estados. (Foto: Simão Nogueira)

Um cofre fechado, um capuz, um revólver e munição foram apreendidos nesta semana durante investigação da Polícia Civil a respeito de atentados a bala ocorridos no Jardim Novos Estados. O material foi apresentado pelo delegado Márcio Custódio, da 3ª Delegacia, na manhã desta quinta-feira (19).

Os atentados, três ao todo, foram registrados entre os dias 10 e 15, contra a casa e o automóvel de um homem de 30 anos, morador da Rua Barão de Grajaú. De acordo com o delegado, a polícia trabalha primeiro com a hipótese de os crimes terem como motivo briga entre vizinhos. “Estamos concluindo as diligências e vamos esgotar primeiro essa linha de investigação”, disse.

O material apresentado foi apreendido na quarta-feira (18), depois do cumprimento de três mandados de busca e apreensão em residências próximas ao local dos atentados. O cofre e o capuz (semelhante aos usados em assaltos e indicado pela vítima como característica do autor dos disparos do dia 10) foram apreendidos na residência de dois dos suspeitos. O revólver, na residência de um policial aposentado, cujo filho adolescente também é suspeito de envolvimento no caso.

O cofre pertence a GilmarAlexandre Souza Maroto, de 21 anos, preso desde o dia 8, e cuja prisão teria motivado os atentados. De acordo com o delegado, Gilmar será intimado a abrir o cofre para que se possa conhecer o conteúdo. Outro suspeito é o irmão adolescente de Gilmar. A arma que pertence ao policial aposentado será periciada para se verificar se foi utilizada em algum dos episódios.

A história - No dia 8 de maio, de acordo com os registros policiais, Gilmar estava na frente de sua residência com o som do carro ligado quando foi abordado pelo polícia militar, acionada por denúncia anônima de que haveria uma arma escondida no veículo. Confirmada a existência da arma, Gilmar foi preso por porte ilegal.

A mãe de Gilmar teria então atribuído a denúncia de seu filho ao vizinho, Robson Pereira da Silva, de 30 anos, e, segundo relatos, prometido que “isso não ficaria assim”. Dois dias depois, no dia 10, Robson saía de sua residência por volta das 21 horas, carregando um bebê de nove meses (filho de uma funcionária dele), quando se aproximou um rapaz numa bicicleta e disparou vários tiros em sua direção, atingindo o carro em que estava. Ninguém se feriu.

Na noite do dia 14, novos disparos foram efetuados, desta vez contra a fachada da residência de Robson, por alguém numa moto amarela. Na madrugada do dia 15, por volta das 4 horas, mais tiros foram disparados contra a casa. “Deduzimos que a arma utilizada tenha sido um revólver primeiramente pela quantidade de disparos, cinco a seis em cada ocasião”, explicou o delegado.

Outra linha- Ainda de acordo com o delegado Custódio, outra hipótese poderá ser investigada depois de esgotadas as diligências com base no desentendimento entre vizinhos. “Tanto os suspeitos quanto a mãe deles estão negando as acusações e afirmam que a vítima pode ter outros tipos de problema por conta da atividade que exercem”, comentou, explicado que Robson é proprietário de uma casa de massagem e atuaria também na exploração da prostituição. “Ele se apresentou como empresário, apesar de eu ter visto referência a ele na imprensa como agente de saúde”, disse.

O delegado adiantou que essa hipótese poderá ser investigada a partir da rejeição dos vizinhos à presença de Robson no bairro. “Eles estão morando naquela casa desde janeiro e os vizinhos disseram que a intenção era abrir ali outra casa de massagem, o que acabou não acontecendo porque houve um abaixo-assinado contra”, adiantou.

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