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Capital

Com 1 infectado a cada 3 minutos, prefeitura deve prorrogar medidas restritivas

Medidas valeram em dois fins de semana e a tendência é que sejam renovadas para o próximo

Marta Ferreira | 27/07/2020 09:52
Fiscalização da Semadur, acompanhada da Guarda Civil Metropolitana neste fim de semana. (Foto: )
Fiscalização da Semadur, acompanhada da Guarda Civil Metropolitana neste fim de semana. (Foto: )

“Sim”. Foi sucinta, mas significativa, a resposta do secretário Luiz Eduardo Costa, titular da pasta responsável por fiscalizar a abertura de comércios em Campo Grande, sobre a tendência de ser renovado o “lockdown de fim de semana”, que vigorou nos dias 18 e 19 e 25 e 26, quando só os chamados essenciais funcionaram na cidade. Perto das cem mortes por covid-19, e com mais de 8,8 mil casos da doença já registrados, um a cada três minutos neste domingo, a saúde em Campo Grande segue pressionada pela curva ascendente de contágio.

Como vêm alertando as autoridades de saúde desde o início da pandemia, só o isolamento social, acompanhado do uso de máscara, consegue impedir o avanço da doença.

Por isso, ao ser indagado pela reportagem sobre a tendência de renovação das medidas restritivas, o titular da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) respondeu que sim.

"Você está correta quanto à tendência de manutenção de medidas, mas vamos ouvir o grupo técnico e a partir dos dados científicos vamos avaliar quais medidas serão mantidas e/ou alteradas", afirmou à repórter o procurador-geral do Município, Alexandre Ávalo, ao ser perguntado.

A apuração do Campo Grande News indica que a Secretaria de Saúde do município também defende a manutenção das medidas restritivas pelo menos no fim de semana.

Hoje, continuam valendo regras que permitem funcionamento parcial da iniciativa privada.

"Além de persistir com essas medidas, a gente tem que ampliá-las, por um período, porque a gente está percebendo que tanto os leitos dos hospitais públicos quando dos privados, eles trabalham no limite crítico", opina o presidente do Sindicato dos Médicos, Marcelo Santana.

Ele cita o fato de o contágio por novo coronavírus estar ainda muito alto, enquanto a população demonstra desrespeito às orientações para evitar o convívio social, como forma de se proteger da infecção.

A cada 3 minutos - O boletim deste domingo (26) informa 456 novos casos de covid-19 em Campo Grande. Isso significa uma confirmação a cada três minutos.

Desde o primeiro caso, em 9 de março, já são 8.883 ocorrências da doença em Campo Grande. De lá para cá, 99 pessoas morreram.

Adotadas pela prefeitura há duas semanas para tentar conter o avanço da doença, ampliando o movimento “fique em casa”, ou seja o isolamento social, as medidas não surtiram até agora o efeito esperado.

O resultado divulgado desse último fim de semana foi de que a taxa de pessoas que permaneceram nos seus domicílios ficou em 49%, ainda abaixo do mínimo ideal segundo diretriz da OMS (Organização Mundial de Saúde), que é a partir de 60%.

(Matéria editada às 10h15 para acréscimo de informação)

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