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Capital

Com 18 notificações, Estado ainda investiga dois casos de microcefalia

Natalia Yahn | 13/04/2016 07:54

Mato Grosso do Sul mantém o número de notificações de microcefalia estável há uma semana, com 18 casos investigados, de acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados ontem (12). Porém a quantidade de notificações que continuam sob investigação caiu, passaram de cinco para três e os casos descartados subiram de 11 para 13. O número de confirmações também se manteve, com dois casos. Até a semana passada o número de notificações era de 17 (quantidade que também ficou estável por 15 dias).

Os dois bebês que tiveram microcefalia confirmada apresentaram alterações típicas indicativas de infecção congênita, como calcificações intracranianas, e outros sinais clínicos observados por método de imagem ou identificação do vírus zika em testes laboratoriais. Em todo o País foram confirmados 189 casos de zika, por critério laboratorial específico, ou seja, exame de sangue. Até a semana passada eram 82 casos.

O Ministério informou que no Estado os 13 casos foram descartados por apresentar microcefalia e/ou malformações congênitas por causas não infecciosas. 

País - Até o dia 9 de abril, foram confirmados 1.113 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita no Brasil. Ao todo, foram notificados 7.015 casos suspeitos desde o início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 2.066 foram descartados. Outros 3.836 estão em fase de investigação. 

Do total de casos confirmados, 189 tiveram confirmação laboratorial para o vírus Zika. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. Ou seja, a pasta considera que houve infecção pelo zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.

Os 1.113 casos confirmados ocorreram em 416 municípios, localizados em 22 unidades da federação. Já os 2.066 casos foram descartados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas.

No mesmo período, foram registrados 235 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 50 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 155 continuam em investigação e 30 foram descartados.

O Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do zika, como sífilis, toxoplasmose, outros agentes infecciosos, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.

O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti - transmissor da dengue, zika e chikungunya -, com a eliminação de criadouros, manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos.

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