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Capital

Com 6 casos em 30 dias, delegada alerta sobre droga usada para estuprar mulheres

Muito popular em festas, tabacarias, shows e boates, o MDMA é conhecido como "droga do amor" ou "balinha"

Por Viviane Oliveira e Bruna Marques | 28/09/2024 09:57
Delegada Analu afirma que os casos de estrupos dessa natureza têm aumentando (Foto: Bruna Marques)
Delegada Analu afirma que os casos de estrupos dessa natureza têm aumentando (Foto: Bruna Marques)

Com seis casos de estupros de vulneráveis registrados nos últimos 30 dias, a delegada Analu Ferraz, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), alerta as mulheres sobre o MD, droga sintética usada pelos estupradores para cometer o crime.

Muito popular em festas, tabacarias, shows e boates, o MDMA (sigla para 3,4-metilenodioximetanfetamina), conhecido como "droga do amor" ou "balinha" é uma substância psicotrópica ingerida via oral usada frequentemente como entorpecente recreativo.

Conforme a delegada, houve a diminuição dos casos dos estupros no meio da rua, aquele que a mulher está andando e acaba surpreendida pelo autor, que a leva para um local ermo e comete o crime. Hoje, os estupros têm acontecido em festas, tabacarias e boates.

As mulheres são dopadas, não a ponto de desmaiar como acontece com o Boa Noite Cinderela (droga usada para cometer golpe), mas ficam sem resistência, mais vulneráveis. “Houve um aumento exacerbado de estupros de vulneráveis, principalmente quando a mulher sai para beber". Alguns sintomas apresentados por quem consome a droga são alucinações, euforia e aumento do desejo sexual.

O alerta de Analu para evitar ser vítima de alguma droga sintética é ficar atenta, não aceitar bebida de estranhos, cuidar sempre do seu copo, desconfiar de estranhos, como por exemplo, numa festa em apartamento/casa de amigos, estar sempre em alerta, de preferência ao lado de alguém sóbrio. "A incidência está muito grande", afirmou.

De acordo com a polícia, um dos autores de cometer o crime numa tabacaria foi identificado e contou na delegacia que o MD rebate o efeito do álcool, deixa a pessoa mais elétrica, em alguns casos aguça a sexualidade e é imperceptível na bebida.

"Só quem faz uso constantemente percebe. Estão tentando diminuir a resistência da vítima para cometer o crime, não estão usando mais a violência". Ainda segundo a autoridade policial, no dia seguinte a mulher só percebe que foi vítima de estupro quando acorda sem roupa com dor anal e/ou vaginal.

O estupro de vulnerável é um crime que consiste na prática de sexo ou ato libidinoso com menores de 14 anos  ou alguém que não tenha capacidade para consentir ou oferecer resistência. A prevista é de reclusão de oito a 15 anos.

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